Clube

Rodrigo Caetano não vê oTwitter como algo positivo para os clubes

Desde que o Twitter virou febre entre os jogadores, os clubes passaram a ter uma preocupação a mais. Na noite do último dia 5, por exemplo, quando os tricolores Emerson, Souza, Rafael Moura, Valencia e Diguinho decidiram fazer uma Twitcam (transmissão em vídeo via Twitter), imediatamente receberam uma mensagem por celular pedindo que tomassem cuidado com o que iriam falar. Tanta precaução tem razão de ser, já que, nos últimos meses, a rede social virou palco de polêmica no mundo da bola.

Naquela mesma noite, Souza acabou se irritando com alguns torcedores e disse que tinha dinheiro para comprar os computadores de todos. A frase repercutiu mal e o jogador teve que se retratar.

— Eu não vejo o Twitter como algo positivo para os clubes — afirma Rodrigo Caetano, diretor-executivo de futebol do Vasco: — Acima dos atletas está a instituição. E, quando eles falam algo indevido, o ônus da palavra é todo do clube.

Apesar do desgaste causado pelo mau uso do Twitter, os clubes garantem que não censuram os atletas. O que defendem, porém, é prestar algum tipo de orientação para garantir que não falte bom senso. Evitar contar informações de bastidor é a recomendação mais básica. Há quem os oriente a não “twittar” após derrotas e também para que tenham cuidado com os erros de português.

— Não somos contra a liberdade de expressão. Mas desde o episódio com o Caio que nos reunimos para estabelecer uma postura na internet — disse Anderson Barros, gerente de futebol do Botafogo, clube que até dispensou Márcio Rosário depois que o zagueiro expôs a insatisfação com a barração no Twitter.

Fonte: Extra