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Opinião: Colunista do Extra faz críticas à gestão de Dinamite

O clube de um homem só...

Gilmar Ferreira

Mais do que Fluminense (74%) e Santos (60%), clubes com mais probabilidades de serem rebaixados, o Vasco (48%) é quem hoje prende a atenção do mercado em termos de rebaixamento à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro.

Dirigentes, técnicos e jogadores em geral acompanham com certo interesse o momento que o clube atravessa após se livrar de uma ditadura nefasta e corrosiva que, ao longo dos últimos sete anos, não fez mais do que propagar uma imagem mentirosa e maniqueísta de uma instituição centenária.

Difícil dizer agora se o Vasco terá forças para conquistar os 28 pontos que, em tese, evitam sua queda.

Mas é possível afirmar, sim, que os homens que lutaram pela tomada do poder não têm se mostrado hábeis e competentes para evitar o malogro que se avizinha.

Administrativa e financeiramente, o clube vai aos poucos enxergando o caminho a ser seguido, mas falta o denodo que o futebol aprecia e que o momento exige.

Aos olhos dos torcedores que o levaram ao poder, Roberto Dinamite tem limitado sua participação ao
empréstimo da imagem de ídolo. Pusilânime, assiste ao debacle histórico com uma ladainha ultrapassada, como se os vascaínos não soubessem o nome do causador do caos atual.

Na verdade, Roberto, os vascaínos não só sabiam como deram a você a missão de evitar um mal pior.

Mas não pensavam que você fosse terceirizá-la, repassando a responsabilidade a incompetentes e ultrapassados.

O Vasco, hoje, ainda sem o comando que merece e deseja, está nas mãos de sua torcida.

E cabe a ela ajudar os jogadores a mostrarem que o Vasco não depende de um homem só.

Seja ele quem for...

 

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