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Morre Tiago Jotta, ex-jogador do Vasco

Morreu no Hospital Salgado Filho, no Méier, o jogador de futebol Thiago Jotta da Silva, de 23 anos, que foi seqüestrado e baleado pelo padrasto da ex-noiva e outros três homens. O jovem foi encontrado algemado num valão da Rua João Ribeiro, no Engenho da Rainha, na noite da última quinta-feira. O crime teria acontecido porque o ex-sogro não aceitou o fim do relacionamento da enteada com Thiago faltando poucos dias para o casamento. Além disso, o jogador já estaria namorando outra mulher.

O jogador chegou a ter uma das pernas amputadas na segunda-feira, mas não resistiu a uma infecção. Ainda não há informações sobre o enterro do rapaz, que é ex-jogador da categoria de base do Vasco da Gama. Atualmente, ele jogava no time da Universidade Estácio de Sá.

A ex-noiva do jogador foi presa na manhã deste domingo. Em seu depoimento, Thiago apontou Aline Pádula, de 23 anos, e a madrinha dela, Márcia Pádula Viana, como participantes do crime. Elas teriam atraído o rapaz até o padrasto de Aline, o policial militar Alexsandre Freitas da Silva, de 33 anos, acusado de ter seqüestrado o rapaz e tentado matá-lo.

As duas prestaram depoimento na manhã de sábado e, no fim da noite, o delegado Pablo Sartori, titular da 44ª DP, pediu a prisão temporária delas por 30 dias à Justiça. O PM, que é lotado no 9º BPM (Rocha Miranda), está preso administrativamente por 72 horas. Segundo o delegado, pelo menos mais um policial envolvido no crime. De acordo com os delegados, Márcia se apresentou à delegacia e Aline foi capturada em sua casa, no bairro de Osvaldo Cruz.

De acordo com as investigações, Aline convidou o atleta para sair no carro dela, na quinta-feira. Os dois se encontram por volta da 14h30m e, pouco depois, em Bonsucesso, foram abordados por um outro veículo dirigido pela a madrinha da jovem. Nele estavam o PM Alexsandre e outros dois homens ainda não identificados. Neste momento, Aline teria ido para o carro da madrinha, enquanto o militar e o cúmplice assumiram o seu veículo.

O jogador contou no hospital, que foi levado algemado para um campo de futebol. Naquele local foi torturado por Alexsandre, o cúmplice, e outras pessoas que já se encontravam no campo. De acordo com a polícia, o jogador disse ainda que eles seguiram para Inhaúma, onde tentou fugir e acabou baleado. O PM acreditou que ele estava morto e fugiu.

Fonte: Globo Online