Em rodízio de atletas no Vasco, há até para escolha de capitão
A saída de Dedé fez o Vasco perder uma liderança técnica em campo. Apesar da queda rendimento no último ano, o zagueiro, contratado pelo Cruzeiro, era o jogador mais querido pela torcida e também mimado pela diretoria. Em 2013, o Mito virou capitão e ainda apadrinhou a chegada de Robinho, seu amigo desde o início dos dois no futebol do Volta Redonda. Sem ele, o técnico Paulo Autuori tem alternado a responsabilidade de herdar a faixa no braço e conduzir a equipe. No primeiro jogo sem Dedé, surpreendeu e deu a braçadeira para Fellipe Bastos. Mas o favorito para se tornar novo capitão do time é mesmo o lateral-direito Nei.
Com fala mansa, mas firme, o jogador de 27 anos é dos que mais conversam com os jovens e com o restante do time dentro e fora de campo. Para Autuori, Nei é importante mesmo se for escalado na lateral esquerda, de zagueiro e até caso fique fora do time.
- Nei é um jogador importante que hoje está fisicamente muito melhor, então pode aparecer mais no apoio. Ele jogou ao longo da carreira nas duas laterais e como zagueiro.
Na partida contra o Tupi, o único amistoso até agora da folga vascaína, Nei começou de capitão, mas passou a braçadeira para Renato Silva no segundo tempo, quando foi substituído. O lateral também usou a braçadeira contra o Friburguense. Ele não foge da responsabilidade, mas diz que não precisa da faixa para exercer sua liderança.
- Liderança, para mim, não é estar com a braçadeira no braço, pelo contrário. Liderança é o cara que quer ajudar. Tem muitos jogadores aqui que podem ser líderes, como o Renato (Silva), que é um cara muito experiente e taticamente é um excelente jogador, que fala e conversa muito, mas não aparece tanto e tem o mesmo estilo de chegar do lado e falar com o cara. Não precisa gritar, levantar o braço, aparecer, para mostrar que está sendo líder - disse Nei.
Caso não permaneça como titular, outra opção é mesmo o cabeça de área Fellipe Bastos. Muitas vezes perseguido pela torcida, ele tem a confiança de Autuori, que desde sua apresentação lembrava que precisaria da compreensão externa e da tranquilidade dos jogadores no momento de chegada.
- É um dos que mais têm tempo de clube. Não me preocupo com o que pensam dele. Eu o escolhi como capitão e acabou - disse o técnico, no último jogo oficial do clube, na derrota por 1 a 0 para o Madureira.
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