Vivinho, autor do gol de placa em São Janu, vira "olheiro" do Vasco
Welves Dias Marcelino marcou época em São Januário. É autor de um dos gols mais bonito do estádio. E, atualmente, trabalha como supervisor de uma escolinha do Vasco, no Cachambi. Não está associando o nome ao feito? Vivinho fez história na Colina ao balançar a rede depois de aplicar três chapéus no volante Capitão, da Portuguesa, pelo Brasileirão de 1988 (assista ao vídeo ao lado de outros trechos da entrevista de Vivinho).
- A gente perdia por 1 a 0 para a Lusa. O Mazinho me lançou e na hora só queria abrir espaço para fazer o gol. O Capitão tentou fechar o ângulo duas vezes e levou dois lençóis. Depois do terceiro chapéu, ele ficou na dúvida se eu ia aplicar o quarto e abriu o canto. Foi aí que chutei para marcar. Não sabia que ia dar essa repercussão toda. Só percebi a dimensão daquela jogada no dia seguinte - recordou o ex-ponta-direita, que foi bicampeão carioca (1987/88) e brasileiro (89) pelo Vasco.
O gol deu origem a uma placa no local, apesar de a homenagem ter sido retirada pelo mesmo Eurico Miranda dois anos após a façanha.
- Em 1990, eu me transferi para o Botafogo. Então, esse dirigente quis apagar a minha imagem no clube. Mas a jogada não foi para mim, foi para a torcida do Vasco. Estive em São Januário depois disso e procurei a placa para guardar de recordação, só que ninguém soube me dizer onde ela tinha ido parar. Queria que a mesma fosse exposta na sala de troféus para que as pessoas pudessem relembrar aquele momento - sugeriu o ex-jogador, de 48 anos, ao presidente Roberto Dinamite.
Passados 21 anos, Vivinho virou pastor da Igreja Nova Vida, em Higienópolis, Zona Norte do Rio. No entanto, não abandonou o futebol. Pelo contrário, faz sucesso na equipe de masters cruzmaltina e ainda indica jovens talentos ao clube de coração.
- Levo uma vida simples hoje em dia. Moro em Olaria, num apartamento próprio, e tenho alguns imóveis em Uberlândia, minha cidade natal. Acabou aquela loucura de boate, churrasco e mulher à vontade. Tinha sucesso e dinheiro, mas não havia paz no coração. Bebia tanto que tinha que tomar glicose na veia para conseguir treinar no dia sequinte. Quase me joguei de uma cobertura em que morava em Copacabana. Graças a Deus isso não aconteceu. Hoje dou expediente na igreja de segunda a segunda e coordeno cerca de 80 crianças. É gratificante alimentar o sonho delas de quem sabe um dia jogar profissionalmente - contou.
Vivinho (no centro de azul) posa com os garotos da escolinha do Vasco, em Cachambi, Zona Norte do Rio
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