Vasco planeja quitar dívida referente a passivos cíveis e trabalhistas
Com o comprometimento de 20% de sua receita mensal por seis anos, o Vasco promete quitar uma dívida de R$ 200 milhões referente a passivos cíveis e trabalhistas no concurso de credores no Regime Centralizado de Execuções. Esse foi o plano apresentado pelo clube na última sexta-feira ao Tribunal de Justiça e ao Tribunal Regional do Trabalho do Estado do Rio.
Os 20% da receita mensal são variáveis e, de acordo com o clube, representam aproximadamente R$ 1 milhão atualmente. Caso o clube aumente sua arrecadação no futuro, poderá quitar a dívida mais rapidamente.
José Cândido Bulhões Pedreira, vice jurídico do Vasco, foi quem liderou o processo na Justiça, assessorado pelo CEO Luiz Mello e outros setores do clube, como a vice-presidência de finanças e a consultoria da KPMG. Segundo Bulhões, a projeção apresentada foi conservadora.
— Fomos responsáveis e indicamos a quitação do passivo cível e trabalhista em cerca de seis anos, dentro dos parâmetros da lei. As receitas dos clubes são variáveis em sua maioria, e por isso a lei prevê prazo de até dez anos — explicou.
O Vasco seguirá contestando na Justiça cobranças de dívidas que não reconhece ou de valores que considera excessivos, mesmo com o plano de quitação. Bulhões explicou ainda que a ordem dos pagamentos respeitará o previsto na legislação em vigor.
Os pagamentos mensais contemplarão inicialmente idosos, seguindo para pessoas com doenças graves, pessoas cujos créditos de natureza salarial sejam inferiores a 60 salários-mínimos, gestantes, pessoas vítimas de acidente de trabalho oriundo da relação de trabalho com o clube e credores com os quais haja acordo que preveja redução da dívida em pelo menos 30%. Após quitação de todos os credores preferenciais, o clube iniciará o pagamento dos demais créditos em execução de acordo com a data de distribuição dos processos, a começar pelos mais antigos.
Segundo o clube, o plano de quitação da dívida será gerido com o auxílio de uma consultoria especializada. Os pagamentos estarão sob a fiscalização de uma auditoria independente.