Vasco enfrenta a Ponte com a maior média de idade até agora na temporada

Há duas rodadas sem vencer, o Vasco tem contra a Ponte Preta, em Campinas, no sábado, a missão de manter a liderança da Série B. Para que isso aconteça, o técnico Dorival Júnior vai recorrer à maioria dos jogadores experientes que tem à disposição no elenco cruzmaltino.

Apesar de não confirmar a tendência pelos mais rodados, o comandante vascaíno já adiantou a escalação de Fernando (29 anos), de Fumagalli (32 anos) e de Aloísio (34 anos).

Assim sendo, o Vasco entrará em campo com a sua maior média de idade na temporada (27 anos). Para se ter noção, contra a mesma Ponte Preta, mas no primeiro turno, a equipe tinha 22,5 anos de média.

Como sempre fez questão de ressaltar, Dorival, mais uma vez, deu importância a todo grupo, independentemente da bagagem adquirida.

– A experiência depende da maneira como os jogadores vão assumir essa condição. A experiência complementa, mas a jovialidade também tem ajudado muito – disse.

O setor mais modificado no time do Vasco é a defesa. Por conta da suspensão de Ramon, da contusão de Fagner e da barração de Vilson, Gian é o único remanescente do último jogo. A modificação mais significativa é na zaga, com a promoção de Fernando, que não faz uma partida como titular desde o dia 31 de março, contra o Macaé, ainda pelo Carioca.

Neste Brasileiro, o jogador partici-pou de dois jogos (contra Paraná e Guarani), ambos entrando na etapa complementar.

O longo tempo inativo por conta de uma lesão na coxa esquerda deixa o zagueiro em alerta. No entanto, ele está confiante de que pode fazer o seu melhor e se firmar definitivamente entre os titulares: – A ansiedade em demasia sempre atrapalha por conta da falta de ritmo de jogo. A minha maior preocupação é estar num dia bom e corresponder às minhas expectativas.

Confira bate-bola com Fernando:

Você encara como um fator importante o time ter jogadores rodados nessa reta final de Série B?
Espero que essa experiência maior seja positiva, mas não podemos nos fixar apenas nisso, que é muito relativo. Temos de estar prontos para fazer o que o treinador pedir, e para isso todos já mostraram estarem preparados.

Contente por, enfim, poder jogar de novo? Acha que podia ter voltado antes do previsto?
Faz parte do futebol se machucar.

Sabia que tinha de esperar a hora certa. É claro que queria voltar antes. A gente sempre pensa no tempo perdido, mas isso se esquece e, agora, é hora de recompensar a todos que acreditaram. Apesar de treinado bem na semana, não sei se vou jogar.

E o entrosamento com o Gian? Está longe do ideal, não?
Gian treinou muito comigo no início do ano, éramos a dupla titular. Mas ele se machucou e logo entrou o Titi. No dia a dia de treinos estamos nos entrosando e isso não será problema.

Sente-se preparado para um jogo duro, fora de casa?
Será difícil, até pelo tempo que não sou titular. Sei das minhas limitações, mas vou superá-las.

\"O ideal é mesclar jovens e experientes\"

Dorival Júnior
\"No futebol, temos de tentar conciliar a jovialidade com a experiência. Essa situação para a partida contra a Ponte Preta aconteceu mais por causa de uma circunstância. Mas é verdade que a chegada do Fumagalli e a volta do Fernando darão uma boa vivência à nossa equipe em Campinas.

Mesmo assim, não foi nesse sentido que montei a equipe para esta rodada. A entrada do Aloísio é uma coisa natural. O Fumagalli vem bem, numa crescente. A única mudança efetiva é a volta do Fernando ao time titular. Agora, ele está mais seguro e recuperou normalmente a sua posição na defesa.

Existem outros casos também.

Nós demos a oportunidade ao Allan, que estava com os juniores, e ele cresceu, confirmou que é um grande profissional que temos à disposição. Porém, não podemos colocar toda a carga em cima dele, que é um jovem jogador. É natural que num momento como esse, de definição, outros jogadores chamem mais a responsabilidade nas partidas.\"