Vasco e Palmeiras fazem clássico lembrando do passado

Os efeitos do tempo e dos erros são cruéis e às vezes não perdoam nem mesmo os grandes clássicos do futebol. Dez anos atrás, Vasco e Palmeiras viviam uma das maiores, senão a maior rivalidade do Brasil. De lá para cá, rebaixamentos, derrotas e decepções fora de campo tornaram o cenário um pouco diferente. Com os destinos aparentemente traçados, os adversários compartilham da mesma campanha decepcionante no primeiro semestre e neste domingo, às 18h30, em São Januário, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!, entram em campo contra a desconfiança das torcidas e à procura do que restou da antiga glória.

À beira do gramado, dois representantes das gerações vitoriosas de Vasco e Palmeiras aumentarão a melancolia dos mais saudosistas.

Carlos Germano, ex-camisa 1 e atual preparador de goleiros do time carioca, e Galeano, ex-volante e atual auxiliar técnico dos paulistas, fazem a ponte entre passado e presente. A esperança de que aqueles dias possam voltar o quanto antes resiste.

– A maior dificuldade é financeira, mesmo. Naquela época, os jogadores permaneciam mais dentro de uma equipe, tinham mais jogadores de nível de Seleção. Hoje, se eles se destacam, já vão embora para a Europa. Dá saudade e espero que possamos voltar a esta época de vitórias e conquistas em breve – afirmou Galeano, a quem Carlos Germano considera um grande amigo no futebol.

– Jogamos juntos pelo Botafogo, em 2002. Faz tempo que não o vejo, mas vou lhe dar um abraço. Assim como o Palmeiras, tínhamos um time muito competitivo. Não dava para apontar favorito nas decisões. Atualmente, ambos passam por situações iguais, pois estão em fase de reestruturação – explicou.

Além de Carlos Germano e Galeano fora de campo, dentro dele haverá um remanescente dos confrontos que entraram para a história. Marcos viveu tanto a decepção nas finais do Campeonato Brasileiro de 1997 e da Mercosul de 2000 quanto a alegria na Libertadores de 1999 e no Torneio Rio-São Paulo do ano seguinte. Se não quiser se prender ao passado, vascaínos e palmeirenses podem concentrar as atenções nos times de hoje. Mas que o passado tem sido mais prazeroso, não há como negar.