Caíque evita entrevistas e prefere se expressar com a bola

A discrição é tamanha que durante a pré-temporada sua presença quase não foi percebida em Vila Velha, Espírito Santo. Com o encantamento causado por Philippe Coutinho e a febre passageira do poder de Dodô na Taça Guanabara, a ausência de Caíque dos treinos não foi sentida pela torcida. Lentamente, porém, o jogador se recuperou da lesão no púbis, ao mesmo tempo em que o brilho dos medalhões se tornou cada vez menos intenso. Neste domingo, o camisa 20 será titular pela primeira vez e, silenciosamente, tenta provar que o investimento do Vasco na sua contratação não foi uma bola fora da diretoria.

Desde que foi colocado pelo técnico Gaúcho como titular nos treinos durante a semana, Caíque recusou dois convites para participar da entrevista coletiva em São Januário. Tímido, o jogador deseja falar apenas depois de apresentar um bom futebol. O assédio parece não subir à cabeça do meia-atacante, o que é elogiado pelo treinador.

– Isso é realmente diferente no futebol. Ele vem treinando muito bem, está fazendo um bom trabalho e é uma opção porque ele tem uma mobilidade maior que a do Dodô. O nosso ataque fica mais movimentado e é isso que eu quero para enfrentar o Palmeiras – disse Gaúcho.

No departamento de futebol do Vasco, Caíque é visto como um jogador de bom mercado e que pode se tornar uma bela fonte de renda no futuro. Com contrato até dezembro de 2011, o camisa 20 se destaca pelo porte físico e o perfil típico do jogador moderno – capaz de suportar marcação e também ajudar no desarme.

Sem meias palavras, nenhuma na verdade, Caíque pega o Palmeiras para se expressar com a bola.