Vasco apostava em prêmio para melhorar fluxo de caixa; há conversas
A eliminação na semifinal da Copa do Brasil, além de ser frustrante para jogadores e torcedores, significa menos dinheiro na conta do Vasco. O clube contava com o prêmio milionário da vaga na final da competição para ter tranquilidade no restante do ano.
Passar pelo Atlético-MG renderia ao Vasco mais R$ 31,5 milhões. O time deixou a competição com R$ 22,8 milhões pela participação desde a primeira fase da Copa do Brasil. Isso é mais do que o clube embolsou somando as cinco últimas edições do torneio, em que foi eliminado no início.
O prêmio para o finalista poderia ajudar o Vasco a pagar, por exemplo, as duas últimas folhas salariais de 2024 quase que completas. Hoje a folha do time está em cerca de R$ 17 milhões - levando em consideração apenas os atletas, ou seja, sem os custos da comissão técnica.
O dinheiro conquistado na competição ajudou o Vasco desde que a SAF passou a ser administrada pela associação e sem ajuda de investidores, já que a 777 Partners foi afastada do controle pela Justiça. A saúde financeira é motivo de preocupação para quem vive o dia a dia do clube.
Além da premiação da Copa do Brasil, o Vasco fez antecipações de receitas para manter o clube em funcionamento. Foi o caso da venda de Marlon Gomes: o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, adiantou duas parcelas da compra do meio-campista, negociado em fevereiro deste ano por 12 milhões de euros (cerca de R$ 64 milhões na cotação da época).
Com o adiantamento, o Vasco recebeu de forma antecipada 8 milhões de euros, porém com desconto de 15% - ou seja, o clube embolsou 6,8 milhões de euros, cerca de R$ 41 milhões.
A gestão de Pedrinho disse, quando assumiu o controle do futebol, que se deparou com o caixa da SAF vazio e, desde então, tem procurado recursos para manter os compromissos do futebol em dia. Em meio a isso, precisou investir na segunda janela de transferências, quando gastou cerca de R$ 20 milhões na contratação de dois jogadores - os outros quatro contratados vieram sem custos.
Enquanto trabalha para manter as contas em dia, o presidente Pedrinho também busca um novo comprador para a SAF do Vasco. Há conversas com alguns grupos, mas não há acordo encaminhado. A negociação é feita junto com a A-CAP, seguradora que assumiu os negócios da 777.
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