Uma certeza e uma dúvida no clássico
Se já está difícil superar a escassez de gols, a situação pode ficar ainda pior com os desfalques. No lado do Vasco, o retorno de Romário voltou a ser adiado. Assim, Leandro Amaral deve formar dupla de ataque com Alan Kardec ou Enílton. Já no Botafogo, Zé Roberto é a grande dúvida de Cuca. O jogador que atuaria no ataque, ao lado de Dodô, voltou a sentir dores na parte posterior da coxa esquerda. Segundo o treinador, sua escalação só será definida no vestiário. Se Zé Roberto ficar fora, o seu substituto será Alessandro.
Mas foi a ausência de Romário, no treino deste sábado, que causou surpresa. O atacante pediu na sexta-feira para que o horário do recreativo passasse para a tarde de sábado, no que foi atendido. Mas não apareceu em São Januário e a assessoria de imprensa do clube confirmou que ele está fora do clássico.
Sem Romário e com a dúvida de Zé Roberto, os dois clubes voltam a atenção para um setor que vem sendo problemático: o ataque. Além da vertiginosa queda apresentada nas últimas rodadas do Brasileiro, os clubes cariocas balançaram as redes apenas três vezes nas últimas cinco rodadas. No clássico deste domingo, o time da Colina pode amargar uma péssima marca: se não fizer gols, a equipe completará um mês em branco no ataque.
Difícil de entender, especialmente porque o Vasco chegou a ter o terceiro maior número de gols no Brasileirão. Com o dever de voltar a marcar para manter vivas as esperanças de integrar a Libertadores, Celso Roth comentou a má fase do setor.
Estamos sendo muito marcados. O bom primeiro turno deixou nosso time visado, por isso as equipes aprenderam a nossa forma de jogar. Outra razão é a dura seqüência de jogos que o Vasco vem tendo, já que ainda estamos na Sul-Americana, analisou.
Pelo lado alvinegro, a fase do ataque também não é das melhores. Nos últimos cinco jogos, a equipe de Cuca marcou apenas dois gols, ambos convertidos por Dodô. E como eles fizeram falta na vexatória eliminação da Copa Sul-Americana! Dispostos a dar a volta por cima e a encerrar o jejum de quatro jogos sem vitórias no Brasileiro, o clássico deste domingo tem um siginificado especial. Vencer é quase uma questão de honra.