Torcida

Torcida quer voltar a sorrir

O ingresso para o jogo de hoje contra o Brasiliense, que marca a estreia do Vasco na Série B, é exibido com orgulho. Depois de sofrer com o rebaixamento e aguentar as gozações dos amigos, o vascaíno Victor Rodrigues, de 10 anos, incorporou mesmo o lema ‘O sentimento não pode parar’. Símbolo da dor pela queda à Segunda Divisão, o pequeno torcedor trocou o sofrimento pela esperança e se prepara para apoiar o Vasco na briga para voltar à elite do futebol brasileiro.

“Dessa vez, não vai ter sofrimento, não”, prevê Victor, que esteve em São Januário no dia 7 de dezembro e assistiu, de perto, ao capítulo mais triste da história do clube. Misturado aos mais de 20 mil torcedores, ele roeu as unhas e não segurou as lágrimas ao ver seu time rebaixado para a Série B, depois da derrota de 2 a 0 para o Vitória. O drama do menino foi acompanhado pelo ‘Ataque’ e retratado na primeira página do jornal.

Nesses cinco meses, Victor deixou o sofrimento para trás e voltou a torcer para o time no Estadual, comparecendo aos jogos. “Fomos bem para caramba e o Tiago defendeu muito também”, comenta ele, fã do goleiro da Colina. “Se a gente tivesse mais um jogador com raça, com força e que corresse bastante, o time ficaria ainda melhor”, opina ele.

Victor, é claro, teve de aguentar as provocações dos amigos, como o rubro-negro Breno de Lima, de 11 anos. Mas passou por tudo isso e continua mostrando o orgulho de ser vascaíno. No seu quarto, ele exibe uma toalha nas cores do clube de coração, com os dizeres: “Graças a Deus que eu sou Vascão. E ele está no coração. Ele ganhando, ele perdendo, sou vascaíno de coração”.

O lema é levado ao pé da letra: hoje, Victor estará com a família em São Januário torcendo por dias melhores para o Vasco. “No rebaixamento, eu chorei muito, fui dormir tarde. E o pior é que na minha sala no colégio somos apenas dois vascaínos. Mas, mesmo assim, o sentimento não pode parar”, ensina ele, prevendo uma boa estreia diante do Brasiliense: “Vamos ganhar de 2 a 0, com um gol de Tiago e outro de Carlos Alberto”.

Fonte: O Dia