Futebol

Sylvio Provenzano: "O Cremerj não quer acabar com futebol"

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), doutor Sylvio Provenzano, deixou claro na manhã desta quinta-feira que o documento emitido pelo órgão não se trata de uma ordem para que os clubes não retomem os treinos neste momento, mas de uma recomendação feita por uma câmara de especialistas. Porém, feita esta recomendação, ele avisa que a responsabilidade é dos médicos dos clubes e, caso algo aconteça com a retomada mesmo com a orientação contrária, pode sim haver procedimentos internos contra o profissional.

- Evidentemente o médico tem de saber que está restrito a um código. Se acontecer alguma, coisa pode vir a ser punido, pois há uma recomendação contrária da câmara técnica da área dele. Não é uma proibição, ele pode decidir como entender que deve, por sua conta e risco, como tudo na medicina. Se acontecer alguma coisa, ele pode ser responsabilizado. O conselho não poderia nesse momento, de forma covarde, se omitir de dar um parecer.

O doutor Provenzano afirmou que o Cremerj questionou as câmaras técnicas de infectologia e da medicina desportiva. E o parecer foi contrário a retomada imediata. Mas destacou que não se trata de uma resolução, e sim uma recomendação.

- Quando houve a notícia de possível retomada, o Cremerj questionou a câmara técnica. Câmara técnica é um grupo de especialistas renomados que emite pareceres, criam resoluções A pergunta foi essa: seria adequado retomar agora? A câmara entendeu que neste momento haveria risco, sim. Então não foi feita uma resolução. A gente fez uma recomendação, tipo uma orientação aos colegas dos clubes. Que vão seguir essa orientação ou não sob responsabilidade deles.

O médico, que é clínico geral e endocrinologista, citou o caso do Flamengo, um dos líderes do movimento de retomada e já iniciou treinamentos.

- Se o doutor Tannure entende que o que fez no Flamengo dá segurança, é responsabilidade dele. O Cremerj não quer acabar com futebol, impedir o futebol. Não temos, inclusive, poder legal para isso.

Fonte: ge