Seca do ataque é dor de cabeça para Vanderlei Luxemburgo
Historicamente, Vasco e Botafogo sempre se destacaram pela arte de fazer gol. A lista de artilheiros que é extensa e pesada, pode ser ilustrada por Roberto Dinamite, maior ídolo cruzmaltino e dono do recorde na Série A, com 190 gols, entre as edições de 1972 e 1992, e Túlio Maravilha, icônico herdeiro da camisa 7 que pertenceu a Garrincha e sexto maior goleador da história do Brasileiro, com 129 gols, entre 1988 e 2005. No clássico desta quarta-feira, às 21h30, em São Januário, o saudoso torcedor convive uma seca incomum e incômoda, com média inferior a um gol por jogo (0,82) no Brasileiro.
Com 22 gols em 25 rodadas, Vasco, com 31 pontos, e Botafogo, com 30, também são concorrentes diretos na árdua e desgastante batalha para se manter fora do Z-4. Tarefa que cabe a Vanderlei Luxemburgo, que tirou o Vasco da lanterna, e do reestreante Alberto Valentim, aposta da diretoria para frear brusca queda do Glorioso na tabela. Sem dúvida alguma, a dificuldade para encontrara um homem-gol ajuda a explicar a oscilação de ambos os clubes na competição.
Após aliviar a pressão e encerrar o jejum de três jogos sem vencer em São Januário, o Vasco perdeu a sua principal referência da torcida. Convocado para o Mundial sub-17, Talles Magno pode perder até oito rodadas caso o Brasil chegue à final. Embora tenha marcado apenas dois gols em 11 jogos como titular, o joia em ascensão é apontado como o diferencial ofensivo na 'quebra' da linha defensiva dos rivais.
Na ausência do xodó, Rossi, Marrony e Ribamar terão a missão de cumprir a tarefa que um dia foi de Romário, Edmundo, Bebeto, Sorato, Valdir Bigode... "Não tem 11 titulares, não. Nosso grupo é recheado de jogadores de qualidade. Tem Marquinho, Bruno César, Valdivia, Tiago Reis, que fez ótimo treino ontem. Talles vai fazer falta", disse Rossi.
A volta de Diego Souza ao comando de ataque não resolverá todos os anseios do torcedor alvinegro, mas é um alento depois da série de desfalques na derrota para o Palmeiras. O atual dono da camisa 7 disputou o primeiro Brasileiro em 2003. Desde então, balançou as redes 102 vezes e ocupa o posto de 13º artilheiro da história da competição. Na reestreia de Alberto Valentim, uma reação imediata é esperada.
"Esse clássico vem numa hora para darmos respostas para nós mesmos, que a gente tem condições de almejar coisas maiores", avaliou Cícero.
Fonte: O Dia