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Romário lança biografia, mas revela que não leu todo o livro

Se a imagem de ídolo ficou um pouco arranhada com os problemas judiciais, Romário provou, nesta segunda-feira, que passaria fácil em um teste de popularidade. Os lançamentos do livro \"Romário\" e do site www.romario11.com.br levaram cerca de 300 pessoas a uma livraria na Zona Sul do Rio de Janeiro. O Baixinho recebeu convidados ilustres como o também tetracampeão Bebeto, além dos técnicos Joel Santana e Antônio Lopes.

Os problemas financeiros não tiraram o bom humor de Romário, que zombou de si mesmo ao conversar com jornalistas.

- Vocês podem divulgar coisas positivas como o livro. Estou precisando para caceta (risos) - disse às gargalhadas.

Por outro lado, o Baixinho acredita que ainda é assediado pela imprensa porque o futebol brasileiro está carente de ídolos.

- Uma coisa são os bons jogadores, outra são os ídolos. Não tem um jogador que vende mais jornais do que eu. E cada dia é mais difícil ter atletas que falam o que pensam. Um dos fatores dessa falta de ídolos é a ausência de identificação destes com os clubes. Craques já não existem há alguns anos. E nem sempre o craque é ídolo - analisou o tetracampeão, que apontou Ronaldo Fenômeno como o grande nome do futebol brasileiro.

Com a mesma paciência da época de jogador- quando dominava uma bola dentro da área-, o Baixinho autografou dezenas de livros com um sorriso estampado no rosto. Sincero, ele admitiu que não passou os olhos por todas as páginas de sua biografia.

- Não consegui ler 100% do livro, mas tudo que li gostei. As pessoas vão me conhecer um pouco melhor. Fiz questão de pedir ao Mister Bean (Marcus Vinícius, o autor) para colocar vitórias e derrotas.

Em seguida, o jornalista lembrou de quando foi socorrido pelo Baixinho.

- Fiquei desempregado em 2001 e liguei para ele. O Romário mandou eu me apresentar no dia seguinte no Vasco para trabalhar como assessor dele - recordou.

Técnico que puxou Romário dos juniores para o profissional no Vasco, Antônio Lopes marcou presença na \"festa\" do Baixinho.

- É uma satisfação ter feito parte da carreira dele. Fui eu quem lancei o Romário. Sou testemunha também do quanto ele ajudou as pessoas na parte financeira. É uma personalidade exemplar, um sujeito do bem - destacou o treinador.

Técnico de Romário no Vasco, Flamengo e Fluminense, Joel Santana lembrou que contribuiu para a carreira vitoriosa do ex-jogador.

- Fico feliz de ter conquistado títulos com o Romário. Isso é que é importante. Não tinha mistério trabalhar com ele. Que eu me lembre, nunca discutimos - afirmou o comandante da seleção da África do Sul.

Bebeto, parceiro de ataque de Romário na Copa do Mundo de 1994, aproveitou o momento para recordar de uma história engraçada envolvendo os dois.

- O Baixinho tem raiva de cachorro, mas não ficou com medo de um pequenininho que eu comprei. Em compensação, ele colocou o apelido do bichinho de salário mínimo. Aquilo pegou e ninguém mais chamou o animal de outro nome - contou, aos risos.

Fonte: ge