Rival: Torcedores invadem treino do Juventude e cobram resultados
Depois do terceiro jogo consecutivo sem vitória no Brasileirão e de uma derrota para um dos maiores rivais, a papada ficou sem paciência. Os portões abertos do Estádio Alfredo Jaconi facilitaram e a torcida aproveitou o treino de ontem para açoitar jogadores, comissão técnica e direção. O clima ficou tão pesado que alguns atletas discutiram cara a cara com torcedores.
De tênis, com o pé direito sobre a bola e de braços cruzados, o meia Alex Alves falou com os juventudistas através da grade por mais de 15 minutos. Parecia uma conversa amistosa. Diferentemente da que teve Radamés, momentos antes. O jogador não gostou do que ouviu das arquibancadas e foi pedir explicações.
O presidente Iguatemy Ferreira Filho e o vice de patrimônio Milton Scola foram assistir ao treino somente após os protestos, quando as arquibancadas já estavam vazias. No estacionamento, o vice de futebol Carlos Maitelli dividia as conversas com alguém ao celular e com o diretor Nilson Bortolon. Entretanto, apenas Bortolon escapou das fortes manifestações que ocorreram por volta das 18h.
Com pontapés e empurrões nas grades do estádio, torcedores pediam explicações. Dirigiam críticas a toda direção, principalmente ao gerente de futebol Valmir Louruz e ao técnico Flávio Campos. Maitelli se encarregou de dar os esclarecimentos, via imprensa.
- Essa não é a melhor solução. Nós só vamos superar esse momento com trabalho e apoio da torcida - amenizou.
A direção foi ao vestiário pedir empenho redobrado dentro de campo. A expectativa de que ocorressem dispensas ontem não se concretizou. Maitelli disse apenas que poderá haver reformulação no grupo.
- Temos prioridade com um empresário para negociação - avisou ele, adiantando que uma nova contratação pode desembarcar no Alfredo Jaconi até amanhã.
- SuperVasco