Que vacilo, Vascão!
U m baita jogo. Sensacional!
Mas, casaca, casaca, a coisa virou. Da fuzarca para a depressão. Do Vasco. Que não merecia perder assim. O jogo decidiu-se no gol que não foi feito. De Valdiram.
Aí, de um chocolate com pastéis de Santa Clara, do Vasco, veio a famosa virada corintiana. Com Carlos Alberto em dois lances, a la Garrincha, e Nilmar, com duas arrancadas. A la Nilmar. Ninguém segura. Nilmar era a opção de velocidade na Seleção junto com Robinho. Pena que não foi.
O jogo teve de tudo.
Foi a partida das expulsões burras. Quatro atletas quiseram ser expulsos, de forma tola. Muita disputa, muita falta, cerca de 60, 30 para cada lado. E ameaça de chocolate vascaíno. E gol anulado, aos 43, porque a bola bateu na mão. E virada com dois pênaltis, na conclusão. O Vasco deixou de empatar, quando estava 3 x 2 com Silvio Luiz defendendo cara a cara chute de Edílson. Teve de tudo. E um placar que não espelhou a partida. O Corinthians ganhou, na raça, 3 pontos. O Vasco perdeu, na afobação de Valdiran, 3 pontos.
Primeiro tempo cascudo. O Vasco foi melhor até a metade do tempo, com mais determinação e energia.
Mas o Corinthians não estava apático. Só vibrava menos e era mais indolente. Mas combatia e quando atacava, o fazia com perigo. Sempre com Nilmar levando vantagem na velocidade. Além de Nilmar o Corinthians tinha Roger, muito aplicado, sem chinelinho, e Carlos Alberto, lutador. Ambos com técnica. Embora Carlos Alberto não consiga deixar de perder a cabeça e cometer faltas para amarelo, tolas.
O Vascão ganhou corpo e personalidade. Tem Moraes e Edílson, rápidos e com qualidade, e Valdiram e Wagner, velozes. Não é fogo de palha. Ganhou padrão. Fora o excesso nas faltas, se fecha bem.
O primeiro tempo merecia ter gols. Na segunda etapa foi a avalanche vascaína e aos 6min estava 2x0.
Até 16min foi banho do Vasco. Eis que Valdiran comete o erro fatal, chuta na trave, gol feito. Se quem não faz toma, quem não decide é fuzilado. Rafael Moura, He-Man, ele tem a força. Duas jogadas no velho estilo ponta-direita com Carlos Alberto: 2 x 2.
Renato não foi mal, foi corajoso, mexeu bem. Geninho contou com a fortuna. Maquiavel diria: A virtù (virtude) esteve dos dois lados. Mas a fortuna, só do Corinthians.
É o futebol! Foi um jogo de paixão, com tudo a que se tinha direito. O Vasco não deve se abater, pois tem time para o Brasileirão.
E o Timão pode festejar: raramente se dá uma virada tão sensacional! Parecia Copa. Vitória de Copa do Mundo.
- SuperVasco