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Psicóloga relata diferenças entre os elencos de 2009, 2011 e 2012


Foto: Blog Serviço de Psicologia do Vasco


Por Carlos Gregório Junior

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Considerada uma das referências em Psicologia esportiva no Brasil, Maria Helena Rodriguez é uma das peças mais importantes da atual comissão técnica do Vasco da Gama. Funcionária do clube de São Januário há 26 anos, a profissional é quem resolve os problemas psicológicos que costumam atrapalhar o desempenho dos jogadores dentro das quatro linhas.

Foi graças ao excelente trabalho realizado por ela que os jogadores vascaínos conseguiram superar o trauma sofrido por Ricardo Gomes, que em 2011 sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), e lutar até o fim pelo título do Campeonato Brasileiro. É a ela também que os jogadores recorrem quando precisam de conselhos para solucionar alguns problemas da vida pessoal e/ou profissional.

Psicóloga da Seleção Brasileira Feminina nas últimas Olimpíadas, Maria Helena participou na última quinta-feira (13/12) do programa Musas da Colina/Só dá Vasco. Na oportunidade, a profissional enumerou as diferença existentes entre os anos de 2009 (disputa da Série B), 2011 (conquista da Copa do Brasil, luta pelo Brasileiro e drama do Ricardo Gomes) e 2012 (salários atrasados e desmanche no elenco):

- Há uma diferença, até porque em 2009 a equipe era totalmente diferente. Era um time formado para retornar à primeira divisão e o treinador era o Dorival Júnior. Ele deu total liberdade para psicologia, deu carta-branca. O mesmo fez o nosso antigo diretor-executivo, o Rodrigo Caetano. O ano passado era um fundamental porque tínhamos que recuperar a nossa credibilidade e voltar outra vez ao rumo das conquistas, que é o nosso maior objetivo. A Copa do Brasil era o nosso sonho. Nós precisávamos resgatar o Vasco e fazê-lo voltar a conquistar títulos. Até porque o Vasco é um grupo grande, de expressão, com história e grandes títulos conquistados. Isso foi trabalhado com o grupo, que já era outro grupo, um grupo diferenciado. Nesse período da Copa do Brasil eu acompanhei em Curitiba todos os momentos e trabalhei a confiança, instiguei os atletas a recuperarem a autoestima do clube, a credibilidade e a conquistarem seus objetivos, sejam eles individuais ou coletivos. Era um sonho deles conquistar a Copa do Brasil, até porque a instituição ainda não tinha o título. Quando veio aquele problema do Ricardo Gomes foi difícil para todo mundo, não só para os atletas, mas sim também para os membros da comissão técnica. Nós ficamos sensibilizados com tudo aquilo que estava acontecendo. Até disse na época que nunca havia passado por um momento daquele nos meus 26 anos de Vasco. Nesse período o diretor-executivo e os chefes do departamento médico chegaram para mim e disseram ‘agora é com você’. Nesse período tivemos que trabalhar em cima e recuperar a autoestima dos atletas. Fizemos uma reunião com toda comissão técnica e o diretor estava falando do quadro, como estava a situação do Ricardo Gomes. Eu falei que devíamos nos unir mais ainda e citei o exemplo dos pássaros, que revezam a liderança durante seus longos voos. Disse que todos precisavam dividir a liderança, ter respeito e profissionalismo, pois o Ricardo Gomes poderia se recuperar e voltar outra vez. Foi justamente isso que aconteceu neste ano. Essa questão de atraso de salários é difícil, é uma coisa interna, mas costumo colocar os jogadores para pensar e pedir que eles não deixem os objetivos, as metas, para trás. Sempre posso para eles fazerem o melhor para o clube. Sempre toquei nessa questão, pedindo sempre profissionalismo - disse ao Musas da Colina/ Só dá Vasco.

A \"conselheira da Colina\" também destacou a importância da psicologia para o sucesso de um atleta de alto rendimento. Para ela, a parte psicológica é tão importante quanto os treinos físico, tático e técnico:

- O atleta tem que saber lidar com suas emoções, saber trabalhar seu equilíbrio emocional. Treinar as partes física, tática e técnica é importante, mas treinar a parte de habilidade psicológica é fundamental. Isso porque você vai trabalhar o equilíbrio da ansiedade, o nível de agressividade do atleta, os conflitos internos que existem com o atleta, problemas familiares. Então o psicólogo está aqui para ajudar o atleta, para conversar com o atleta e fazer com que ele possa ter esse equilíbrio, uma vida saudável e positiva - declarou ao Musas da Colina/ Só dá Vasco.

Além de possui uma longa história dentro do Vasco, Maria Helena também tem em seu currículo passagem por Seleções Brasileiras de base.

Fonte: Blog do Carlos Gregório Júnior- SuperVasco.com