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Pouco abatido nas derrotas, atrasos em reforços... A passagem de Luiz Mello

A saída de Luiz Mello do cargo de CEO do Vasco foi vista como um alívio para quem trabalha no futebol do clube. Além de ter sido envolvido em polêmicas, o dirigente era considerado um dos agentes causadores da má fase vascaína.

Responsável por liberar o processo financeiro para contratação, o dirigente inviabilizava a cúpula de futebol em diversos casos. O que causava estranheza também dentro do Vasco, era a presença constante do dirigente no CT Moacyr Barbosa.

Para muitos, pelo cargo que exercia, Luiz Mello deveria estar procurando soluções para pagamento de dívidas e ser o elo de relacionamento entre diretoria de futebol, capitaneadas por Paulo Bracks e Abel Braga, e a 777 Partners. Mello era o homem de confiança dos norte-americanos.

O que causou revolta em diversos setores foi a quantidade de pagamentos em atraso que o Vasco têm atualmente. Protestado na Fifa pelo Nacional-URU, pelo compra de Pumita, a maior crítica em relação ao dirigente era o fato de um imenso aporte financeiro e o clube próximo de sofrer transferban.

O transferban da Fifa, que é o impedimento de registrar novos jogadores. O Vasco tem 45 dias para acertar ou renegociar com os envolvidos. Além dos uruguaios, o Atlético Tucumán-ARG também acionou o clube pela compra de Capasso, também não paga.

Atraso em reforços

A falta de manuseio com o aporte de dinheiro liberado pela 777 Partners é colocada na conta de Mello. Para muitos, a demora em contratar reforços necessários passa muito pelo ex-CEO.

Segundo pessoas de dentro do clube, o dirigente demorava para aprovar as contas e propostas que seriam enviadas aos jogadores que o clube estava interessado, atrapalhando o andamento das ofertas. Paulo Bracks é o responsável direto por contactar os atletas e empresários.

São Januário e CT precisando de reformas

E não é só a questão do futebol que incomodou as partes dentro do clube, a estrutura do Vasco também tem irritado pessoas dentro do clube e até mesmo executivos da 777 Partners. O Estádio de São Januário, assim como o CT Moacyr Barbosa estão "largados".

Dentro do clube, o sentimento de que o Vasco poderia fazer melhorias na estrutura é ululante e isso passava pela autorização de Luiz Mello, que liberava o dinheiro para este tipo operação. O técnico Ramón Díaz mesmo já fez duras críticas internas por melhorias.

A promessa de melhoria foi dada pelo próprio Luiz na época da contratação do argentino. São Januário, inclusive, iniciou o processo de renovação da pintura das arquibancadas, mas a estrutura do estádio ainda deixa a desejar, seja para os profissionais de imprensa como para a própria torcida e jogadores.

Pouco abatido nas derrotas

Em meio uma má fase desesperadora do Vasco, que conquistou apenas nove pontos em 45 disputados na Série A do Campeonato Brasileiro, Luiz Mello se mostrava alheio a qualquer derrota e pressão que vinha de todos os lados.

Conselheiros do clube, em especial os mais antigos, reclamaram da postura do ex-CEO, que não parecia sentir as derrotas e nem os protestos em que era alvo. Para eles, o dirigentes apenas fazia seu trabalho sem mostrar qualquer apreço pela instituição.

Uniu-se isso a condição de Mello ter sido associado ao Flamengo. Para muitos, o dirigente além de torcedor do arquirrival, não mostrava empolgação com o trabalho que desenvolvia dentro do Vasco.

Novo CEO

Para o lugar de Mello, o clube já apontou Lúcio Barbosa como novo CEO interino do clube. Lúcio atua como Diretor Financeiro da Vasco da Gama SAF desde 2022, tem mais de 20 anos de experiência liderando grandes equipes em empresas multinacionais, incluindo Apple, GE Energy, KPMG, Deloitte e Ceptis. Ele vai começar a transição para um cargo executivo no 777 Football Group, em 1º de agosto.

Fonte: Itatiaia