"Português" Fernando Prass virou um paredão
Três anos e meio depois de brilhar no União de Leiria, em Portugal, onde foi eleito por duas temporadas como o melhor jogador do time, o goleiro Fernando Prass se transformou na principal atração vascaína. Suas defesas salvadoras dão ao técnico Dorival Júnior a certeza de que o gol é o único setor que não dá dor de cabeça ao treinador. Hoje, ele estará em campo, contra o Guarani, às 16h, em Campinas.
O próprio capitão e ídolo do clube, Carlos Alberto, é o primeiro a enaltecer as qualidades do camisa 1. “O Fernando Prass nos deixa dormir tranquilos. O cara é um paredão”, elogia o apoiador.
Descendente de alemães, o gaúcho criado em Viamão agradece os elogios, mas sabe que se vacilar o ex-titular Tiago retoma a posição. Aos 30 anos deixou a vida segura e previsível de Leiria, para vir disputar a Segunda Divisão do Brasileirão. “Tive convite para renovar com o clube português e outras propostas. Mas acreditei no projeto vascaíno”, conta.
A volta para o Brasil não foi tão simples e esbarrou num obstáculo doméstico. A mulher, Letícia, ao saber do desejo de jogar no Rio, não aceitou a mudança. “Temos um casal de gêmeos e a imagem do Rio no exterior é a pior possível por conta da violência. Foi um custo para convencê-la de que todas as capitais do mundo estão violentas”, conta.
Morando na Barra da Tijuca, ele ainda não sentiu falta da calmaria vivida em Leiria, onde o bacalhau era farto, o vinho delicioso e a vizinhança amistosa. “Acabei me apaixonando pelo bacalhau. Eles são especialistas no preparo do peixe. O meu predileto ficou sendo o bacalhau à nata, uma espécie de suflê delicioso, que era servido acompanhado de vinho frisante”, recorda.
Ligado no futebol internacional, Fernando Prass contou que a reogarnização do futebol brasileiro também contribuiu para que ele retornasse. “Os clubes estão se reestruturando. Caíram na real e constataram que se não fizerem um trabalho sério, seriam rebaixados mesmo. Não tem mais viradas de mesas. Por isso tantos jogadores estão fazendo o caminho inverso, deixando a Europa e retornando ao Brasil”.
Fernando Prass sabe de casos em que o jogador retorna aos clubes brasileiros com salários quase iguais aos que recebia no exterior. “Em Portugal, por exemplo, vários clubes estão quebrando. Já não é tanta vantagem jogar lá fora”.
Garantido no jogo de hoje contra o Guarani, em Campinas, ele acredita numa vitória. “O nosso time está bem arrumado, confiante e disposto a conseguir mais três pontos. Temos que decolar de novo na Segundona”.
Apesar dos 30 anos, Fernando Prass ainda acredita na possibilidade de ser convocado para a seleção brasileira. “É um sonho antigo. Quem sabe não tenho uma chance?”, concluiu.
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