Futebol

Pagamento de funcionários deve acontecer na próxima semana

Colaborados se reuniram na entrada de São Januário nas primeiras horas desta quinta. Vasco ainda não pagou julho e agosto. Clube tem dinheiro retido por ação do sindicato e vê articulação na manifestação.

A manhã de quinta-feira começou movimentada em São Januário. Por volta de 6h, funcionários do Vasco se reuniram em frente ao estádio, mas se recusam a entrar e ensaiam uma paralisação. Eles reclamam dos salários atrasados, mas ouviram do departamento financeiro a promessa de que que parte da dívida será quitada na próxima semana e voltaram a trabalhar.

O Vasco está prestes a completar dois meses de atrasos. O último salário que os funcionários receberam foi referente ao mês de junho. O Vasco deve julho a seus colaboradores e ainda não pagou agosto. No entanto, em acordo informal, o vencimento ocorre somente no dia 20 do mês seguinte. O dinheiro para quitar os atrasados está retido na Justiça por uma ação do Sindeclubes.

Antes de 6h da manhã desta quinta funcionários se reuniram em frente à entrada social de São Januário para reivindicar seus direitos. Somente as cozinheiras entraram para trabalhar para servir café da manhã e almoço para os jovens atletas que moram no local. Horas depois, o departamento financeiro do clube informou que o pagamento referente ao mês de julho será feito até a próxima semana e o dinheiro já está separado. A situação do elenco profissional de futebol é a mesma. Os atletas não receberam julho. O mês de agosto, pelo acordo, vence na próxima segunda-feira.

Recursos retidos na Justiça

Os recursos para pagamentos de salários estão retidos, neste momento, na Justiça. Internamente, o Vasco acredita que a paralisação desta quinta foi articulada. No fim de julho, clube, Ministério Público e Sindeclubes firmaram acordo que previa a preferência do uso de certas receitas para pagamento de salários até dezembro deste ano.

No entanto, o Vasco vê conflito de interesses no caso, uma vez que o advogado do Sindeclubes também representa mais de 200 ex-funcionários em ações individuais e pede, em outra ação, a execução imediata da dívida de R$ 93 milhões com credores, o que inviabiliza o pagamento de funcionários ativos.

Fonte: Globo Esporte