Futebol

Opinião: " Só Imagine se valesse algo..."

Minoria física nas arquibancadas e espiritual em campo, o Vasco se permitiu encarar o clássico de ontem como treino de luxo por apenas três minutos. Foi o tempo necessário para Felipe receber no meio de campo e, num lance típico de quem tem muito mais a perder do que a ganhar, tirar o pé da dividida com Gum. Na sequência, Washington recebeu na grande área e finalizou. Fernando Prass deu rebote e Tartá marcou. Para os vascaínos, a derrota representou, no máximo, que faltam agora apenas quatro jogos para a temporada acabar. Ainda bem.

Depois do gol tricolor, o Cruzmaltino foi contagiado pelo clima de decisão e resolveu vender caro a derrota. A disposição do time garantiu entradas duras e discussões com os tricolores, mas o esquema adotado por PC Gusmão remetia muito mais a uma tarde de São Januário do que a uma noite de Engenhão. Sem testá-la anteriormente, o técnico abandonou os três volantes para a entrada de mais um atacante.

O primeiro tempo acabou servindo de treino para a nova formação.

Treinamento ruim, por sinal. O time criou poucas chances de gol, Eder Luis se arrastou enquanto Jonathan e Nunes tentaram compensar as limitações com correria e luta.

No segundo, porém, as coisas melhoraram muito. Em alguns momentos, pareceu até que o título brasileiro estava mais perto da Colina do que das Laranjeiras. A posse de bola foi maior, o time partiu para cima e pressionou o adversário. A bola na trave de Nunes incendiou de vez a equipe, em busca do empate que lhe valeria um pouco e nada mais. Nos acréscimos, Fernando Prass foi até a área tentar a cabeçada, resumo de um jogo que foi à vera, mas o Vasco perdeu.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)

Fonte: Jornal Lance