Opinião: "Onde os fracos não tem vez"
Lédio Carmona
Jogo de gente grande em São Januário. Havia peso, história, garra, determinação, heroísmo, técnica e improviso em campo. Vasco e Grêmio, cada qual com sua maneira, fizeram uma grande partida. E só mesmo o mais infame dos destinos para decretar empate final de 3 a 3 num duelo onde os dois desafianres jogaram para enpatar. A torcida vascaína vaiou o time no fim, desconsolada com maus uma igualdade concedida no final. Respeita-se o grito da arquibancada, mas foi exagerado. O Vasco jogou bem, no limite, e só não venceu porque a capacidade de reação do Grêmio, de Renatp Gaúcho, é invejàvel e, para quem ainda não conhece, histórica.
O título do filme remete ao faroeste vanguardista de Javier Barden. Naquele filme, o personagem do ator espanhol aniquilou que cruzasse a sua frente. Hoje, na tarde cinzenta e nublada na Colina Histórica, Vasco e Grêmio entraram de cartucheira cheia para resolver suas respectivas missões no primeiro golpe. Mas não foi bem assim. O outro lado sempre tinha réplica. Talvez essa tenha sido a principal mensagem do desafio de São Januário. Nunca houve desistência. Ninguém fraquejou. Houve erros, mas ninguém teve medo. Pipocar era proibido.