Política

Olavo Monteiro descarta nova alteração na data das eleições

O adiamento das eleições para presidente do Vasco, que estavam marcadas para o dia 6 de agosto e foram transferidas para 11 de novembro, causou ainda mais confusão no cenário político do clube. Os candidatos Eurico Miranda e Roberto Monteiro se uniram e divulgaram notas oficias demonstrando revolta com a mudança de data. O presidente da Assembleia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho, no entanto, descartou nova alteração.

Uma reunião para discutir a situação aconteceu nesta segunda-feira à noite, em São Januário, e contou com representantes das duas chapas que tentam anular o adiamento. Em comunicado oficial, Eurico, que também é presidente do Conselho de Beneméritos, fala em "atitude golpista, irresponsável e desrespeitosa" de Olavo com os demais poderes do clube.

Roberto Monteiro, que é vice do Conselho Deliberativo, também atacou a decisão e publicou que a mudança de data das eleições "foi uma medida autoritária, ilegal, anti-estatutária, que esconde interesses inconfessáveis".

Apesar das críticas, Olavo Monteiro de Carvalho se defendeu: "Querem fazer na marra? Isso não existe. Não decidimos de última hora (o adiamento), fizemos com calma. E, pelo que temos, é ímpossível que a eleição aconteça agora em agosto. Seria um absurdo", afirmou, ao ESPN.com.br, o presidente da Assembleia Geral.

O adiamento das eleições presidenciais do Vasco foi definido na última sexta-feira, quando o grupo liderado pelo candidato Julio Brant e apoiado pelo ex-jogador Edmundo, chamado "Sempre Vasco", recebeu a resposta positiva sobe o pedido de mudança que havia sido protocolado. Por outro lado, a "Vira Vasco", do ex-vice de finanças Nelson Rocha, entrou com uma ação na Justiça e ganhou uma liminar em seu favor, que também ajudou na novidade.

O adiamento significa uma derrota para Eurico Miranda, que fazia questão de que o pleito fosse realizado o quanto antes. O ex-presidente e o também candidato Roberto Monteiro são acusados de promoverem um suposto "mensalão". Os dois teriam pagado as mensalidades de cerca de 3 mil sócios que entraram no quadro do clube cruzmaltino em abril do ano passado, de olho na votação deste ano. O caso é investigado pela Polícia Civil do Rio e também pelo Ministério Público.

Fonte: ESPN.com.br