Política

Nome vaza e empresa desiste de fazer recadastramento de sócios

Para o recadastramento de sócios do Vasco anunciado na semana passada, o presidente Roberto Dinamite e sua diretoria terão que procurar outra empresa. O vazamento da informação de que a Kroll, uma das maiores empresas do mundo na área de investigação e espionagem, seria a responsável - e inclusive já estaria contratada - pelo trabalho foi o suficiente para a companhia americana desistir de realizar a auditoria. A recontagem e verificação de associados foi anunciado há uma semana, na véspera da reunião do Conselho Deliberativo, que impediu a prorrogação de poderes do clube - decisão que foi revertida em ação na Justiça no plantão do último fim de semana.

Dinamite, o vice-presidente jurídico Roberto Duque Estrada e o agora ex-presidente da Assembleia Geral Olavo Monteiro de Carvalho convocaram uma coletiva de imprensa para comunicar o recadastramento dos sócios do clube. Na quarta à noite, durante o encontro na sede náutica da Lagoa, a intenção de contratar a Kroll foi comentada entre conselheiros e vazou da reunião. O primeiro contato com a empresa foi realizado na semana passada, depois da determinação do presidente da Assembleia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho. A ideia era rever a lista e convocar todos os associados. Dinamite chegou a dar um prazo de 40 dias para o trabalho ser realizado. No entanto, com o nome colocado no encontro do Conselho e, consequentemente, sendo noticiadp pela imprensa, a companhia retornou o contato para o clube e avisou que não faria o trabalho de recadastramento.

O departamento jurídico do Vasco ainda corre atrás de outras companhias para fazer o recadastramento. A ideia é contratar uma auditoria de peso para não deixar margem para dúvidas de toda a lista de associados do clube. Em meio ao tumultuado processo eleitoral do clube, a desistência da Kroll, antes mesmo de fazer uma proposta para o trabalho, põe em dúvida se o recadastramento será feito.

A diretoria de transição, que assumiria o poder do clube a partir dessa terça-feira - o que não aconteceu pela liminar do desembargador de plantão -, avaliava ainda a questão e questionava se haveria tempo hábil para levar o trabalho adiante. Neste momento, com a renúncia de Olavo, a Assembleia Geral fica a cargo de Antonio Gomes da Costa. Uma reviravolta na Justiça, até o fim da semana, pode mudar tudo novamente.

Fonte: ge