Confira a entrevista coletiva de Adilson após a perda para o Vila Nova
O Vasco entrou em campo nesta terça-feira, diante do Vila Nova, no Estádio Mané Garrincha, sabendo que precisaria apenas de um empate para assumir a liderança da Série B - o Ceará tropeçou mais cedo diante do ABC, em casa. No entanto, com um primeiro tempo "abaixo do potencial", como classificou o técnico Adilson Batista, o Cruz-Maltino acabou surpreendido pelo lanterna da competição e sofreu a segunda derrota em 17 rodadas: 2 a 1 para o time goiano.
- Estivemos aquém do que temos capacidade. Os primeiros 45 minutos estiveram muito abaixo do nosso potencial. Tivemos dificuldades, o que ocasionou este resultado construído por eles... Erramos passes, não demos opção na hora certa, não servimos no momento certo, não tivemos paciência. Sofremos contra-ataques, sofremos com a desatenção e sofremos os gols. Era para ter sofrido o terceiro. Foi um primeiro tempo muito abaixo da capacidade, o que sobrecarregou o aspecto coletivo - avaliou o treinador em entrevista coletiva após a partida.
Apesar da derrota, Adilson viu um aspecto positivo: o crescimento do time na segunda etapa. O treinador acredita que o Vasco poderia ter saído de campo com um resultado melhor caso não tivesse ido tão mal na etapa inicial.
- No segundo tempo melhoramos, jogamos em cima, o meio-campo rodando, tentando criar. Criamos situações, mas não conseguimos converter em gol. Pagamos pelo primeiro tempo.
O treinador lamentou a oportunidade desperdiçada pela equipe de assumir a liderança da competição e o fim da invencibilidade de 15 jogos: a única derrota sofrida pelo Vasco até então na Série B havia sido na rodada de abertura, contra o Luverdense. Porém, ressaltou que não há tempo para lamentar e pediu foco total na próxima partida, contra o Icasa, sexta-feira, fora de casa.
- Acontece. Faz parte da competição. Gostaríamos de ter vencido para assumir a liderança. Pela nossa sequência. Pelos jogos que estávamos invictos. Pela defesa que a gente possui, nosso saldo, para ter um pouco mais de tranquilidade lá na frente. Temos uma maratona grande, muitos jogadores fora. Mas não dá para ficar lamentando. Acontece, é do campeonato. Agora é pensar em vencer o Icasa na sexta - completou.
Veja outros trechos da entrevista do técnico Adilson Batista
Aspectos que melhoraram o time na segunda etapa
- O segundo tempo foi outro. Independentemente das mudanças, a entrada do Montoya, do Aranda, jogamos de maneira diferente. Pressionando o adversário, no campo deles. Propiciamos alguns contra-ataques, mas não foram chances muito claras. Tivemos o domínio no segundo tempo, mas não concluímos as oportunidades.
Alerta sobre os perigos do Vila Nova
- Mostramos o adversário, a maneira como jogaram contra o Paraná, contra o Oeste. Era a mesma formação, a mesma distribuição tática. Mas é o coletivo. Quando duas, três peças não rendem o que você sabe que podem render, sobrecarrega o coletivo.
Peso dos desfalques
- Isso vai acontecer dentro das 38 rodadas. Acontece desde o início do campeonato. Você não pode ficar se lamentando, tem que passar tranquilidade. O Diogo entrou bem no jogo passado, foi importante. A gente entende que o torcedor gosta do Martín Silva, que é um jogador diferenciado. Faltou o Rodrigo, Pedro Ken, Diego Renan. Mas não é assim que a gente trabalha. Já temos o Douglas fora do compromisso contra o Icasa na sexta. Temos que encontrar alternativas. É assim que a gente trabalha, sem ficar reclamando.
Desentendimento de Kleber com Geladeira
Não vi o lance para poder ficar julgando. Mas o Kleber, na outra jogada (contra o Paraná, que rendeu uma suspensão imposta pelo STJD), não achei que foi correta a punição. É um jogador que busca o choque, o contato, mas foram poucos cartões. É um atleta que a gente sabe que é visado, caçado, mas não faz sentido esse tipo de punição.
Chegada do Maxi Rodriguez
- Ele vem (para Brasília), se integra ao grupo. Vamos conversar, analisar o trabalho que ele fez lá no Rio de Janeiro. Com calma, a gente decide (se vai jogar ou não na sexta-feira). Não vamos queimar etapas, para depois não ficar preocupado. O futebol, às vezes, é sequência, rendimento. É em cima disso que a gente está trabalhando.
Fonte: ge