Morais decepcionou e desapareceu do jogo
O campo pesado por causa da forte chuva que caiu no Rio de Janeiro prejudicou a qualidade técnica do jogo. Tanto Carlos Alberto quanto Morais acabaram sendo prejudicados por conta do gramado encharcado, que sempre prejudica um toque de bola ou uma jogada individual. Mesmo assim, os dois apoiadores (vale ressaltar que o corintiano jogou quase como atacante) receberam forte marcação, sendo que Carlos Alberto se destacou.
O Corinthians teve um início melhor e foi crescendo ao mesmo tempo em que Carlos Alberto participava do jogo. Marcado individualmente, ele criou as melhores chances de gol e, ao lado de Marcelo Mattos, foi quem mais teve posse de bola, com 16 segundos. Aos 11, arriscou chute que deu trabalho a Cássio. Aos 27 minutos, fez grande jogada na área, mas não teve sorte na finalização, porque a bola acabou batendo na trave.
Depois disso, ele começou a ser marcado mais de perto e foi sumindo. E Morais, que pouco aparecia até então, passou a crescer com o Vasco. Antes disso, o camisa 10 de São Januário só era percebido quando recebia faltas. Para não dizer que foi nulo durante o primeiro tempo, Morais arriscou um chute, embora sem perigo, aos 38 minutos. Ao todo, ele ficou com a bola nos pés apenas seis segundos.
No segundo tempo, o duelo entre os dois jogadores apareceu aos dois minutos, quando Carlos Alberto cometeu falta violenta em Morais e recebeu o cartão amarelo.
Mas a punição não afetou o seu desempenho. Ao contrário, a partir daí ele começou a subir de produção e a ser a referência do Corinthians.
Nas jogadas de ataque, a bola passava sempre por seus pés.
Do outro lado, Morais praticamente desapareceu do jogo. O Vasco, após sofrer o gol, tentou uma reação. Mas o apoiador estava bem marcado e pouco participava das jogadas. Suas poucas aparições foram em duas finalizações ou numa cobrança de falta.
Carlos Alberto foi substituído por Marcus Vinícius. Saiu de campo com o dever cumprido passando ao torcedor corintiano a sensação de ter sido o melhor em campo. Do lado vascaíno, Morais não conseguiu o mesmo sentimento do torcedor.
Ao contrário, deixou a desejar e esteve longe de render o que poderia.
Só não foi vaiado por ter crédito com a torcida. Afinal, se fosse Claudemir ou Diego, por exemplo, a paciência não seria a mesma.