Futebol

Maldonado reencontrará Palmeiras e Maracanã

Com a suspensão de Maurício Barbieri, expulso na estreia do Brasileirão, o Vasco será comandado pelo auxiliar técnico Claudio Maldonado diante do Palmeiras, neste domingo, às 16h, no Maracanã. O chileno volta ao estádio onde atuou tantas vezes como jogador, mas desta vez com a missão de comandar o time carioca em busca da segunda vitória no campeonato nacional.

Mas Palmeiras e Maracanã não são novidades para Maldonado. O auxiliar estreou como técnico justamente em um jogo contra o Alviverde, em 2020, na passagem de Barbieri pelo Bragantino. No ano seguinte, também foi treinador do Massa Bruta no Maraca, em jogo contra o Flamengo.

Como jogador, o ex-volante revelado pelo Colo-Colo passou por São Paulo, Cruzeiro, Santos, Fenerbahçe (Turquia) e Corinthians. Também defendeu o principal rival do Vasco, o Flamengo, entre 2009 e 2012 - foi em parte desse período, antes de o Maracanã ser fechado para as obras da Copa do Mundo no Brasil, que o chileno criou uma relação mais próxima com o estádio.

Com um perfil menos expansivo no dia a dia do Vasco, Maldonado não foge da resenha quando é chamado e se dá bem com todos os profissionais do clube. Tem relação próxima, especialmente, com os jogadores, com quem gosta de conversar e aconselhar durante as atividades.

Neste domingo, ele terá ao lado um ajudante experiente. Emílio Faro, auxiliar permanente e técnico interino do Vasco em dois períodos no ano passado, comandará o time junto com Claudio Maldonado à beira do campo no Maracanã.

Palmeiras marcou estreia do "técnico" Maldonado

Após pendurar as chuteiras, em 2015, Maldonado se preparou para continuar a carreira no futebol. Três anos depois, iniciou a trajetória como auxiliar técnico na mesma casa em que deu o primeiro toque na bola como jogador profissional, o Colo-Colo, depois de um estágio com Fábio Carille, no Corinthians. Em 2019, passou alguns dias no Palmeiras e outros no Santos para aprender com Felipão e Jorge Sampaoli, respectivamente. Ele tem licenças A, B e PRO da Conmebol para ser treinador.

Com uma vida dedicada ao futebol brasileiro, o ex-volante voltou de fato ao país em 2020 para auxiliar Maurício Barbieri no CSA. Foi o início da parceria que completou três anos em janeiro passado. O Vasco é o terceiro clube da dupla, que antes havia feito um trabalho muito consistente no Red Bull Bragantino. No clube paulista, inclusive, Maldonaldo já havia substituído Barbieri justamente contra o Palmeiras.

O confronto válido pelo Brasileirão de 2020 marcou a estreia do auxiliar como treinador. Com Barbieri suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Maldonado esteve à beira do campo na derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, no Allianz Parque, em 27 de dezembro daquele ano. Na ocasião, o chileno considerou o episódio como boa oportunidade para ganhar experiência. Depois, ganhou outras chances.

Por isso, o auxiliar se preocupa também em conversar com os novatos. E eles têm sido muitos no Vasco, que contratou 16 reforços para a temporada 2023. O último chegou na quinta-feira. No primeiro treino com o elenco, Carabajal bateu um breve papo com Maldonado no campo.

Brasileño

Nem chileno nem brasileiro. Claudio Maldonado pode se considerar uma junção dos dois. O auxiliar do Vasco já completou duas décadas vivendo no Brasil, sendo que dois terços da carreira como jogador foram dedicados ao futebol brasileiro.

- O Brasil me entregou tudo que tenho como jogador - reconheceu Maldonado em entrevista ao ge nos tempos em que defendia o Flamengo.

Depois de chegar ao São Paulo por mero acaso, por conta de uma dívida que o Colo-Colo tinha com o clube brasileiro por Sierra (ex-meia chileno, que esteve no Morumbi em 1995), Maldonado se adaptou bem ao país. Hoje, o idioma já não é mais problema - isso ajuda muito na relação com os jogadores.

Maldonado fez do Brasil sua casa. É casado com uma brasileira (Renata), e a filha Victoria nasceu e foi criada aqui. O bom desempenho em campo, com dois títulos nacionais conquistados por Cruzeiro e Flamengo, o fez conhecido, e a receptividade do povo brasileiro o fez tomar gosto pelo país.

O "brasileño" até voltou para o Chile, onde encerrou a carreira como jogador e iniciou a trajetória de auxiliar, mas não conseguiu viver tanto tempo longe do Brasil. Neste domingo, voltará a vivenciar o calor da torcida em um Maracanã lotado e cheio de boas expectativas.

Fonte: ge