Gaúcho: "A torcida do Vasco é uma coisa que arrepia"

Com passagens por Liga Sorocabana, Bauru, Paulistano e Araraquara, o ala Daniel Zilmer, o Gaúcho, vive uma realidade diferente na carreira. Aos 29 anos, o atleta natural de Três de Maio (RS) está tendo inédita a oportunidade de defender um dos chamados clubes de massa, o que tem mexido com os brios do jogador de 1,98m. Cestinha da vitória por 97 a 78 sobre o Ginástico (MG)  nesta segunda-feira, em São Januário, ele não poupou elogios à torcida cruz-maltina e afirmou querer fazer história com a camisa do seu novo clube. O Vasco volta a jogar pela Liga Ouro no próximo dia 10, contra o Sport, em Recife. O campeão do torneio garante vaga no Novo Basquete Brasil (NBB).

- A torcida do Vasco é uma coisa que arrepia. Nunca tinha passado por isso. Agora vamos sentir a falta deles nos dois jogos fora, mas tenho certeza que, mesmo de longe, eles vão passar vibrações para a gente. Cresci vendo jogar aquele grande time do Vasco do fim dos anos 90. Era Demétrius, Vargas, Helinho, Rogério... Enfim, grandes jogadores vestiram essa camisa, o que aumenta a nossa responsabilidade de honrar bem o clube. Se depender de mim, vou fazer de tudo para escrever o meu nome na história do Vasco - afirmou Gaúcho.

Um dos homens de confiança do técnico Christiano Pereira, Gaúcho cita o bom ambiente no elenco cruz-maltino como trunfo para a equipe sagrar-se campeã da Liga Ouro. Ao fazer uma análise dos adversários do Vasco na competição, o ala disse acreditar em um torneio bastante nivelado. 

- O Vasco da Gama é uma família, um está sempre querendo o melhor para o outro, e eu não tive nenhum problema de adaptação. A Liga Ouro é um campeonato muito curto, então acho que o grupo é mais importante que o talento. Não vejo nenhuma equipe muito acima das outras, então acredito que o Vasco vá fazer de tudo para chegar ao lugar que ele merece - destacou.

Sobre a partida desta segunda contra o Ginástico, Gaúcho ressaltou que o Vasco conseguiu superar as adversidades do jogo de estreia, quando foi superada pela mesma equipe mineira na prorrogação, em São Januário. 

- Nosso jogo se resumiu a uma palavra: atitude. Hoje (segunda-feira) fizemos tudo o que não fizemos no primeiro jogo, quando a ansiedade tomou conta da gente. Nesta segunda partida, entramos com um pensamento todo voltado para a defesa, então tivemos tranquilidade para vencer a partida - analisou.

Gaúcho lembrou ainda que os rivais da Liga Ouro estão treinando há mais tempo, o que os dá uma vantagem em termos de entrosamento. Contudo, ele prevê um Vasco cada vez mais coeso com o passar das rodadas.

- Nós temos pouco tempo de entrosamento. Os americanos (Jeff Agba e Robby Collum) chegaram há 20 dias, então a tendência é que a gente vá pegando entrosamento com o passar dos jogos - finalizou.