Decisão sobre data das eleições é adiada
O departamento jurídico do Vasco ainda não tem uma resposta para a tentativa de trocar novamente a data das eleições, que estão marcadas para a próxima quarta-feira. A liminar da juíza Ana Lúcia Vieira do Carmo, na 19ª Vara Cível, garantiu o retorno do pleito para 6 de agosto - em data aprovada pela Junta Deliberativa ainda em maio. Os advogados do Vasco e de uma das chapas que concorre ao pleito ainda tentam reverter a situação em segunda instância e adiar a eleição. Era esperada uma resposta para os agravos no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ainda nesta quinta-feira, mas a troca de desembargadores adiou qualquer decisão sobre o caso.
Conselheiro eleito pela atual gestão Dinamite, o desembargador Paulo Mauricio Pereira deu entrada para se declarar impedido de participar do julgamento do caso. O jurista agora apoia a candidatura de Roberto Monteiro, candidato pela chapa "Identidade Vasco", que lutou contra o adiamento e se beneficiou da ação do grupo Casaca!, da chapa "Volta Vasco! Volta Eurico!". Em reuniões que duraram quase todo o dia, os advogados do Vasco não responderam as ligações do GloboEsporte.com. Rapidamente, o vice-jurídico do clube, Roberto Duque Estrada, disse apenas que não haveria novidades até o fim desta quinta.
Depois de se declarar impedido de participar do julgamento em segunda instância, o desembargador envia o processo ao sistema interno do Tribunal que redistribui o caso para outro desembargador. O clima entre os advogados do Vasco e da chapa de Julio Brant é um misto de otimismo e apreensão a tão pouco tempo das eleições do clube. Do outro lado, os grupos de Eurico e Monteiro reforçam que a mudança para novembro ou qualquer outra data diferente de 6 de agosto representaria golpe ou medidas que esbarram contra o estatuto do Vasco.
Entenda o caso
A questão envolve teses diferentes dos dois lados interessados no pleito. O advogado do Vasco, Marcello Macedo, lembra que Olavo determinou nova data graças ao pedido de impugnação do candidato Nelson Rocha, julgado no dia 17 de julho. No entendimento dele, a Assembleia Geral só pode ser realizada dois meses depois da nova lista de elegíveis publicada. Olavo optou por retornar às datas originais do estatuto - em novembro -, o que causou revolta em outras duas chapas.
Os grupos de Eurico Miranda, da chapa “Volta Vasco! Volta Eurico!”, autor da ação que devolveu a data das eleições para 6 de agosto, e Roberto Monteiro, do “Identidade Vasco”, rebatem e dizem que a ata definitiva válida para o processo de impugnação é aquela publicada no dia 26 de maio, quando a reunião da Junta Deliberativa - composta por Olavo, Eurico Miranda, Helio Donin, Abílio Borges e Roberto Dinamite - determinou as eleições para 6 de agosto.
Fonte: geMais lidas
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