Da arquibancada para as traves: Cássio relembra seus tempos de Força Jovem

N ão foi somente da meta que Cássio barrou Roberto, torcedor do Vasco desde criança. O novo dono da camisa 1 vascaína também ganha do ex-titular no fanatismo pelo time que hoje defende.

Durante quatro anos, Cássio foi da Força Jovem, a maior torcida organizada do Vasco. Desde aquela época, aumentou a paixão pelo clube da Colina tanto quanto colecionou histórias maravilhosas, que poderiam ser contadas por qualquer torcedor anônimo que vai ao estádio torcer.

- No Brasileiro de 97, o Vasco fez dois jogos contra o Flamengo na reta final. No primeiro, teve uma correria e eu acabei tirando um bife do pé. A partida seguinte era três dias depois. Fui ao Maracanã machucado, e quando o Edmundo fez o terceiro gol em cima do Júnior Baiano, pulei tanto que até esqueci das dores no meu pé contou, orgulhoso.

Em 98, Cássio, que na época já estava nos juniores do Olaria, onde começou a carreira, fez mais. No jogo do Vasco contra o Chivas, do México, pela Copa Libertadores, invadiu o gramado de São Januário tão logo a partida acabou e foi em direção ao goleiro Carlos Germano para lhe pedir as luvas. Curioso que Germano, hoje, está mantendo a forma no próprio Vasco, treinando lado-a-lado de quem já foi um fã seu.

- Na hora, um policial queria me agredir e ele não deixou. Esse ano, nos reencontramos e o Germano me perguntou se eu ainda tinhas as luvas. Claro que ia ter, né? Ele era um dos meus ídolos - relembrou.

Hoje profissional, Cássio não esquece seu passado na arquibancada. Sabe, mais do que qualquer outro, o quanto o torcedor sofre. Não é à toa que o novo camisa 1 já jogou pelo Vasco até com um dos ombros fora do lugar, como aconteceu contra o Flamengo, no Estadual-2005.

- Aquela gente toda vai ao estádio esperando uma vitória. Os jogadores, por isso, precisam ter a hombridade de dar o máximo. Sempre.

Ninguém pode se poupar - disse.