Corinthians-PR recusa patrocínio pontual para o confronto contra o Vasco
A alta exposição gerada pelas partidas da Copa Kia do Brasil, em especial contra grandes clubes, costuma ser aproveitada por times menores para firmar patrocínios pontuais. Não é o caso do Corinthians-PR, que enfrentará o Vasco na noite desta quarta-feira (14) pelas oitavas-de-final do torneio. A equipe recebeu propostas entre R$ 40 mil e R$ 50 mil para exposição no uniforme durante a partida, de companhias oriundas de São Paulo e Rio de Janeiro, mas rechaçou as ofertas.
\"Nós priorizamos o patrocínio do Paraná Banco, que nos acompanha nos maus e bons momentos\", explica à Máquina do Esporte o gerente de marketing do clube, Eduardo Quadros, responsável pelo futebol no departamento. \"Não tem porque deixá-los de lado agora para abrir espaço para outras empresas. Precisamos valorizá-los\".
Apadrinhado pelo Corinthians de São Paulo há um ano, o Corinthians-PR já foi chamado J. Malucelli e Malutrom, nomes inspirados na união de duas famílias curitibanas, Malucelli e Trombini. O intuito da mudança era atrair mais torcedores, por meio do forte apelo gerado pelos paulistas no Paraná, mas a ideia tem enfrentado resistência por parte do público.
Em 2009, o time foi vice-campeão do Campeonato Paranaense, ainda como J. Malucelli, e teve média de 402 pagantes por jogo em onze partidas. Neste ano, nas sete partidas disputadas até agora, o número caiu para 376 torcedores. Por esse motivo, a diretoria criou uma promoção específica para a disputa com o Vasco: quem estiver com camisas de qualquer time do Paraná ou do Corinthians-SP ganha desconto de 50% no valor do ingresso, de R$ 40 para R$ 20.
\"Pensamos em outras ações [para atrair o público] e não conseguimos efetuá-las devido a alguns problemas internos, mas nossa ideia é fazer algo diferente para a próxima rodada se nos classificarmos\", diz Quadros. A queda no público, para ele, está relacionada principalmente ao desempenho da equipe no Campeonato Paranaense. Classificados na primeira fase em oitavo lugar, o Corinthians-PR ocupa a sétima e penúltima colocação na disputa final.
Outro fator que influencia nesse cenário, segundo Quadros, é a redução do elenco e das categorias de base. \"Como são menos jogadores, também são menos famílias e pais que vêm aos jogos acompanhar seus filhos\", argumenta. Por outro lado, o assédio por meio de cartas, e-mails e telefonemas cresceu muito. \"Com o nome Corinthians, o número de contatos que recebemos é cinco vezes maior\".
A parceria com o time paulista, contudo, tem prazo de validade para gerar resultados contundentes. Se nos próximos dois anos novos torcedores não forem captados pelos paranaenses, a possibilidade de rompimento e busca de novos projetos ganhará força.