Futebol

Clubes sugeriram jogos pelo país após perda do Engenhão,FERJ veta

Pegos de surpresa com o fechamento do estádio Engenhão, presidentes e representantes dos clubes grandes do Rio de Janeiro se reuniram na sede da Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) na noite da última terça-feira. Durante o encontro, foi levantada a possibilidade de jogos serem mandados em outros estados, numa espécie de ‘turnê’ das equipes pelo país. A medida, porém, não foi aceita pela maioria e não deve ser implementada.

Sem o Engenhão e com o Maracanã em obras, apenas o estádio de São Januário teria condições de receber públicos maiores na capital. Desta forma, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, cogitou a possibilidade dos jogos serem realizados em cidades do Nordeste.Um dos problemas do atual Campeonato Carioca está na baixa média de público, e a visão do mandatário rubro-negro é de que partidas dos grandes, ou mesmo um clássico fora do Rio, poderiam atrair mais torcedores.

A medida não empolgou os demais mandatários nem o presidente da Ferj, Rubens Lopes. Na visão dos cartolas, os custos com deslocamento, hospedagem e o calendário apertado dificultariam a realização de jogos longe do Rio de Janeiro.

“A principio não faz sentido mandarmos jogos fora do Rio de Janeiro. É um desrespeito com a torcida carioca, principalmente. Não existe razão para isso por enquanto, vamos avaliar as alternativas, mas creio que não será necessário. Além do deslocamento, custos para os clubes. Isso seria complicado de realizar neste momento”, disse o presidente da Ferj, Rubens Lopes, ao UOL Esporte.Estiveram presentes na reunião da última terça-feira os presidentes de Botafogo, Flamengo e Vasco. Nenhum integrante da diretoria do Fluminense esteve no local, mas o clube se movimenta para pode disputar os jogos da Copa Libertadores em São Januário. O encontro também não definiu se os próximos clássicos e fase finais serão na casa vascaína. Nova rodada de conversas será realizada nesta quarta.

Ao anunciar o fechamento do estádio por problemas na cobertura, o prefeito Eduardo Paes evitou falar em prazos e ressaltou que espera uma solução definitiva para qualquer falha na arena. Explicações técnicas sobre a interdição e os riscos oferecidos à população serão divulgados em entrevista coletiva com engenheiros e representantes do consórcio OAS/Odebrecht, responsável pela conclusão do Engenhão, na manhã desta quarta.

Fonte: Uol