Clubes que se profissionalizarem podem receber incentivos fiscais
O governo brasileiro promete criar um pacote com medidas de incentivo fiscal para beneficiar os clubes ou entidades esportivas que profissionalizarem a gestão. Segundo o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o anúncio será feito em breve pela pela presidente Dilma Rousseff.
O pacote estaria na Casa Civil e seria parte da regulamentação da Lei Pelé.
Rebelo, em entrevista ao jornal \"O Estado de São Paulo\", explicou que o incentivo tributário gera benefícios de mão dupla, uma vez que o governo poderá tirar proveito do \"PIB (Produto Interno Bruto) do esporte\"
- Essa profissionalização terá como principal consequência a valorização da marca dos clubes, que não são mais aquelas entidades semiamadoras dos anos 60. Hoje, eles têm de lidar com patrocinadores, vendas de direitos de transmissão de TV, transações milionárias envolvendo jogadores. Sem uma gestão profissional, você desvaloriza esse ativo dos clubes, a marca diante dos patrocinadores. Uma parte dessas medidas já está contida na regulamentação da Lei Pelé - anunciou o ministro.
No Brasil, segue em voga o modelo associativo, em que muitos clubes acabam geridos como \"agremiações de bairro\".
Procurado pela reportagem do L!Net, o ministro garantiu que trata-se de uma ideia. Segundo ele, o projeto ainda não foi formulado.
ABAIXO, VEJA EXEMPLOS DE PROFISSIONALIZAÇÃO
CHILE: Os três maiores do país (Universidad de Chile, Colo Colo e Universidad Católica) têm ações na Bolsa de Valores e recebem investimentos de quem busca o lucro, independente da paixão clubística. Em 2005, uma lei obrigou os clubes a se transformarem em empresas para salvá-los da enorme dívida.
ESPANHA - Real Madrid e Barcelona seguem o modelo associativo, ou seja, os clubes são conduzidos por uma diretoria eleita por sócios. No entanto, ambos profissionalizaram a gestão esportiva, especialmente nos setores de marketing e finanças, ao contrário do Brasil, que conta com o mesmo tipo de gestão.
INGLATERRA - Os maiores clubes do país seguem o modelo privado: Um dono, um grupo, ou uma família mantém o capital fechado. Os gigantes ganham autonomia para investirem, podendo obter facilidade nas linhas de crédito. A única preocupação é a saúde financeira.
ALEMANHA - Um conselho de administração formado por representantes das empresas do clube decide a contratação da diretoria e dos executivos que cuidarão das finanças do clube. O conselho tem autonomia para destituir os funcionários destes cargo em caso de gestão fraudulenta ou temerária.
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