Caravela à deriva!

A derrota inquestionável de 4 a 2 sofrida para o Figueirense, em São Januário, mostrou que o Vasco está caminhando a passos largos rumo à Segundona.

Com a humilhação – os catarinenses chegaram a abrir 4 a 0 no placar –, o Clube da Colina segue na lanterna e sem qualquer coisa palpável que possa indicar que irá conseguir se manter na elite do futebol nacional.

O Vasco iniciou pressionando. Até criou chances, mas não abriu o placar. Ainda antes dos dez minutos, em meio à boa atuação cruzmaltina, Victor deu indício de que a cabeça do time seguia fora do lugar. Ele deu um carrinho descabido e criminoso, e deve ter agradecido por receber apenas um amarelo.

Aos poucos, o Figueirense livrouse da pressão e avançou. Nada que assustasse, por exemplo, uma equipe, no mínimo, razoável. Mas o Vasco, atualmente, não é nem isso. Faltam equilíbrio emocional, qualidade e esquema. Por esse último motivo, Marquinho aproveitou um buraco na defesa vascaína e fez 1 a 0.

Apesar da pressão inicial, pasmem, somente aos 28 minutos o Vasco acertou seu primeiro chute no gol.

E a finalização foi em uma cobrança de falta. Deve ter conseguido pelo fato de a bola estar parada. Dali até o fim do primeiro tempo o jogo foi equilibrado, sem grandes lances de perigo de ambos os lados.

No começo da segunda etapa, Asprilla escancarou a fragilidade do miolo de zaga vascaíno ao marcar, sozinho, o segundo gol do Figueirense. Não é demais lembrar que o zagueiro Odvan estava no banco de reservas do Vasco. Mas você, torcedor do time que for, acha que ele pode ser a solução? Eu tenho certeza que não.

Depois, o Vasco se perdeu completamente em campo. O jogo transformou-se em um autêntico coletivo de luxo para o Figueira e foi assim até o fim. Os catarinenses, então, transformaram a vitória em goleada com gols de Marquinho e Claiton Xavier. Leandro Amaral e Edmundo ainda diminuíram. Mas, a rigor, isso não é capaz de dar esperança a qualquer vascaíno realista.