Futebol

Blog do Torcedor: "Lição do que não fazer"

Antes de começar a partida entre Vasco e Botafogo, Zagallo recebeu uma homenagem pelos seus 80 anos, que serão completados na próxima terça-feira. Na foto vemos Alecsandro falando não se sabe o que com o Velho Lobo. Se foram conselhos para o jogo, não deram muito certo. E mesmo perdendo por 4 a 0 para o Alvinegro, ainda podemos dizer que o Vasco deu sorte.

Isso porque mesmo tomando essa sapatada, Fernando Prass foi disparado nosso melhor jogador. O Vasco resolveu cometer falhas que não vinha comentendo contra um Botafogo que não jogava tão bem há muito tempo. Não que o jogo estivesse tão melhor assim para o canil, mas pelo menos na disposição dos times, ficava claro quem já tem uma vaga na Libertadores e quem precisava de uma boa vitória para se reencontrar no campeonato. O Vasco errava passes direto e não conseguia superar a forte marcação alvinegra. Já o Botafogo explorava as laterais e as falhas da nossa defesa. No primeiro gol, enquanto todos se preocupavam com o Loco Abreu, Romulo marcava as costas do Antônio Carlos que não teve o menor problema para cabacear para as redes.

Depois do gol, ainda tentamos alguma coisa, Jeferson fez uma defesa incrível em cabeçada do Alecsandro, mas a defesa do Botafogo ainda levava a melhor na maioria dos lances. Aos 27, o Botafogo ampliou em nova falha da defesa, que primeiro não conseguiu evitar o chute de Herrera e depois deixou o Loco Abreu livre para pegar o rebote de Fernando Prass e marcar o segundo. E antes do fim do primeiro tempo, o uruguaio ainda marcou outro, do mesmo jeito: sozinho para aproveitar um rebote.

O Vasco precisava mudar a postura no segundo tempo e Ricardo Gomes tirou Márcio Careca, que nada acertou e colocou Juninho em campo. A medida se mostrou equivocada: o Reizinho não estava numa boa noite, Felipe cansou e aí é que o time não fez mais nada. A entrada do Julinho no lugar de um apagado Eder Luis foi igualmente infrutífera. O time que precisava marcar gols não conseguia fazer nada ofensivamente e quem vencia por três gols de diferença só não ampliou porque Fernando Prass estava em um grande dia. Diferente de Diego Souza, que em momento algum conseguiu superar a marcação botafoguense e ainda arranjou uma expulsão infantil, para enterrar de vez as chances de uma improvável reação. O Botafogo ainda conseguiu marcar mais um depois de mais um vacilo do Vasco, após perder uma bola no meio de campo e levar um contra-ataque mortal, com arremate do Herrera.

Se pensarmos que ainda conseguimos nos manter no G4 mesmo com essa goleada e que o não seria nada absurdo se o Botafogo tivesse conseguido devolver os 6 a 0 de 2010, a verdade é que realmente demos sorte. Perdemos a chance de nos aproximar da liderança, mas a situação poderia ser pior. Agora, o importante é encarar a derrota como uma lição, se não de humildade, de que é preciso ter sempre a mesma pegada dentro de um campeonato difícil como o Brasileiro. Esse jogo só terá valido de alguma coisa se servir como exemplo do que não fazer no resto da competição.

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Ainda estamos na 15ª rodada. Falar que está tudo errado e que não temos qualquer futuro na competição por causa de uma derrota em clássico, por mais que o placar tenha sido péssimo, é um pouco demais, né? Falta uma penca de jogos pela frente e dá pra recuperar muito bem esse resultado.

Ah, e vale lembrar: ainda estamos na quarta colocação no campeonato…

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Só duas perguntas aos empolgados botafoguenses, que são poucos, mas são valorosos: vocês venceram, com méritos, ótimo. Mas, se o time do Vasco é tão ruim assim, qual é a onda de ter nos vencido (e falar que diminuiram a vantagem estratosférica que temos no número de vitórias não vale)? E, ainda se o Vasco é tão ruim assim, por que o fantástico alvinegro continua atrás de nós na tabela?

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A coluna sobre o jogo n’Os 4 Grandes já está no ar. Para acessar o site, procurem o link na lista de favoritos, que está à direita da página.

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Fonte: Blog do Torcedor - ge