Arbitragem de Índio não cria polêmicas em primeira decisão, diz site
Mesmo sem atuar no último Fla-Flu, Luís Antônio Silva dos Santos foi citado por Fred como exemplo de arbitragem suspeita no Campeonato Carioca. Neste domingo, Índio, como é conhecido, estava, sim, em campo. E não bastasse a pressão natural de comandar um jogo de decisão, entre Vasco e Botafogo, entrou no campo do Maracanã com a tarefa de mostrar um desempenho capaz de dissipar as dúvidas deixadas pelos outros dois grandes eliminados.
Com as equipes já posicionadas para o início da partida, o árbitro se dirigiu aos dois treinadores e os cumprimentou com um aperto de mão – primeiro René Simões, depois Doriva. Noventa minutos depois, apitou pela última vez, foram oito cartões amarelos aplicados e 37 faltas marcadas. A última delas originou a cobrança de Bernardo para a conclusão certeira de Rafael Silva, dando a vitória do Vasco por 1 a 0 sobre o Botafogo.
O primeiro tempo não teve lances polêmicos ou violência exagerada. Mas coube a Índio inibir de forma ríspida as pequenas faíscas que ocorreram para que o jogo não fugisse ao seu controle. Logo aos sete minutos aplicou o primeiro cartão amarelo, a Carleto, após falta dura. Neste lance o árbitro não sofreu com protestos, mas pouco depois precisou novamente lançar mão da advertência para evitar que o desentendimento entre o zagueiro Rodrigo e o centroavante Bill se aumentasse de proporção.
Outro centro de discussão foi entre Willian Arão e Dagoberto, que desde o início da partida trocaram empurrões e ameaças de revide. Mas Índio interveio de forma verbal, impedindo que a situação fugisse ao seu controle. Até o intervalo, Luís Antônio Silva dos Santos marcou 18 faltas e teve poucos problemas na parte disciplinar, além de não se ver obrigado a tomar rápidas decisões em lances questionáveis. O mais próximo deles ocorreu aos 20 minutos, quando Madson caiu na área, mas o árbitro mandou o jogo seguir.
Faltando 45 minutos para o fim da partida – e com quatro amarelos aplicados –, crescia a pressão dentro de campo por conta de duas equipes que precisavam decidir seus destinos na primeira partida que valia decisão de título. O jogo tornou-se mais pegado, e Índio não se furtou de marcar todas as faltas, raramente optando por dar continuidade às jogadas.
Mas mesmo com a alternância de faltas, Índio conseguiu não ser muito pressionado pelos jogadores. Quando o foi, conseguiu rapidamente encerrar discussões verbalmente. Como aos cinco minutos, quando Rodrigo Pimpão caiu na área e pediu pênalti. O goleiro vascaíno Martín Silva pediu punição ao atacante, mas o árbitro cessou a questão de forma ríspida com ambos, mas sem cartões.
A 37ª e última falta marcada por Índio foi a que decidiu a partida. Após aplicar cartão amarelo a Marcelo Mattos, o árbitro autorizou a cobrança de Bernardo, que deu o passe para Rafael Silva abrir o placar do clássico, aos 46 minutos do segundo tempo. Logo em seguida, Luís Antônio Silva encerrou a partida já livre das polêmicas que tomaram conta dos seus colegas de profissão ao longo do Campeonato Carioca.
Fonte: geMais Lidas
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