Futebol

Antônio Lopes e sua roupa da sorte

A superstição voltou ao Vasco, ainda mais numa decisão de semifinal da Taça Rio, contra o Fluminense, teoricamente favorito no papel. Ontem, além dos inseparáveis cordões, com medalhinhas de santos devotos, Lopes carregava num cabide um outro talismã: a camisa bege de linho, bordada, que vem usando com uma calça marron nos dias de jogos.

“É decisão e chegou o momento de vencer um clássico. Ela já deu sorte nos dois primeiros jogos. Tomara que continue assim”, torceu ele, levando cuidadosamente a camisa pé-quente em direção à concentração.

Lopes repete o hábito que deu certo nas últimas conquistas pelo Vasco, quando se notabilizou vestindo calça marrom e blusa verde. O novo talismã funcionou logo na estréia, há 12 dias, quando venceu o Bragantino na Copa do Brasil e, depois, arrancou o empate em 2 a 2 com o Flamengo, após estar perdendo de 2 a 0.

Lopes não se impressionou ao saber que o atacante Washington se recuperou da lesão no tornozelo e deve disputar o clássico de hoje.

“O Vasco está pronto para enfrentar o Fluminense com ou sem Washington. Estamos preparados para tudo”, garantiu ele, que promoverá a estréia do jovem Pablo, de 19 anos, como ala esquerda.

Dos quatro clássicos disputados, o Vasco perdeu três e empatou um. Dos grandes é o que menos ganhou (10 vitórias), mais perdeu (cinco jogos) e menos pontuou (31).

Para evitar nova derrota como em 2005 — o Fluminense venceu a semifinal da Taça Rio nos pênaltis por 8 a 7, após empate de 1 a 1 no tempo normal —, Lopes pôs os jogadores para treinar cobranças. E os batedores oficiais estão definidos: Edmundo, Morais, Tiago, Alan Kardec e Leandro Bomfim.

Fonte: O Dia Online