O Pioneirismo do Vasco na luta contra racismo e exclusão social
Passam 100 anos desde a Resposta Histórica do Vasco que marca a luta contra o racismo e exclusão social dos mais pobres no futebol brasileiro. Desde o seu surgimento que o Vasco da Gama vem rompendo com os estigmas sociais e raciais que o mundo do futebol vivenciava, se posicionando contra o elitismo do esporte.
Um século depois, o panorama do futebol é totalmente diferente. Assistimos a sua democratização, a abertura de portas para jovens nascidos em famílias de todas as classes sociais, valorizando apenas o talento. Hoje esse é o esporte mais popular no Brasil e que tem mudado a vida de muitas famílias, dentro e fora dos relvados. Isso porque a febre do futebol move também todo um mercado de entretenimento. Exemplo disso é o investimento que impulsionou também, por exemplo, no mercado de site de apostas brasileiro . Difícil hoje é escolher os melhores apps de apostas para tanto fervoroso de futebol.
Mas essa democratização do futebol teve que começar com alguns “murros na mesa” e um dos mais impactantes foi protagonizado pelo Vasco da Gama, corria o ano de 1924. Nessa altura, o futebol era um esporte elitista e preconceituoso no Brasil, e o clube se recusou a prescindir de 12 jogadores negros para participar numa competição. Lembre toda a história.
O que levou à Resposta Histórica do Vasco?
Para contar essa história temos que recuar até um ano antes. Em 1923, o clube de futebol vascaíno, com apenas oito anos de existência, chega à primeira divisão da Liga Metropolitana e vence no mesmo ano o seu primeiro grande título, o Campeonato Carioca. Esse foi um grande marco para a história do clube, do Rio de Janeiro e de todo o Brasil.
Além de se ter sagrado campeão no ano em que se estreou nesse mesmo campeonato, o Vasco foi o primeiro clube a vencer com jogadores negros e de classe operária. Mais que isso, foi a primeira vez que um time da periferia fazia frente aos clubes mais elitistas do estado carioca. Essa equipe ficou eternizada com o nome Camisas Negras e está hoje reconhecida no Livro Heróis da Pátria.
Mas a revolução que o Vasco iniciou no futebol começou a ser cozinhada já antes desse ápice histórico. Desde que criou seu time de futebol, o clube foi acolhendo jogadores de equipes pequenas e agremiações dos subúrbios, independentemente da sua cor de pele. Vale recordar que, nessa altura, clubes como o Flamengo, o Fluminense e o Botafogo não aceitavam negros e, de forma geral, era exigido aos jogadores alguma educação. Por sua vez, o Vasco dava até apoio para que os atletas aprendessem a ler e escrever. Essa nobre missão em muito se deveu ao bibliotecário do clube, Custódio Moura.
No entanto, no ano seguinte, em 1924, os principais clubes decidem romper com a Liga Metropolitana e fundar a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA). Apesar de não ser membro fundador, o Vasco foi convidado a se filiar. Após essa tentativa, em que o clube teve que especificar o trabalho de cada atleta, a AMEA aceitou a inscrição com a condicionante de que 12 atletas ficassem de fora. Esses jogadores eram, na sua maioria, negros e camadas sociais desfavorecidas.
A resolução colocava o Vasco, atual campeão carioca, em desvantagem face ao seus concorrentes. Pelo que, o na altura presidente José Augusto Prestes decidiu escrever o Ofício nº261, conhecido como a Resposta Histórica, em que recusava fazer parte da nova liga e defender seus jogadores.
Dessa forma, nesse ano foram disputados dois campeonatos em paralelo. Porém, no ano seguinte, a AMEA redimiu-se e aceitou integrar o Vasco, sem condicionamentos, para que voltasse a jogar contra os grandes times.
Fonte: SUPERVASCO.COM
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