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Advogado da Espetto Carioca comenta ação contra o Vasco; Clube se defende

A Justiça reconheceu uma dívida do Vasco, em torno de R$ 1 milhão com a a rede de bares e restaurantes Espetto Carioca, que era fornecedora de alimentos do clube. Na última sexta-feira, a juíza Leticia D' Aiuto de Moraes Ferreira Michelli, da 28ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, reconheceu a existência da pendência entre as partes e determinou o bloqueio de ativos financeiros do Cruz-maltino.

Na decisão, a juíza determinou penhora nas contas correntes do Vasco antes mesmo de finalizar o processo.

"O próximo passo é discutir a multa que gira em torno de R$ 2 milhões por quebra de contrato e aguardar o resultado do bloqueio já determinado, depois avaliaremos a melhor medida para seguir com o processo", informou Leandro Meuser, advogado do Espetto Carioca.

A empresa que, desde março, vinha fornecendo alimentação para funcionários, categorias de base e o futebol profissional do clube, alegou que trabalhou por três meses sem receber. O clube alegou que os responsáveis por trazer o Espetto Carioca foram Luiz Gustavo, ex-vice de Patrimônio, e Felipe Videira, ex-vice de Obras de Engenharia e Patrimônio. Os dois fazem parte do grupo Identidade Vasco, que saiu em debandada no início de maio, quando um total de 12 vices entregou os cargos após romper com o presidente Alexandre Campello.

Ainda de acordo com o Vasco, nenhum contrato chegou a ser assinado com o Espetto Carioca, havendo somente um “acordo de boca”, que previa um período de experiência de três meses. Tanto a empresa quanto pessoas ligadas ao Identidade Vasco negam essa informação. Segundo o Espetto Carioca, foi firmado um “instrumento particular de contrato de prestação de serviços”. As dívidas do clube referentes ao fornecimento de alimentação seriam de aproximadamente R$ 1 milhão. Nesta quinta-feira, a empresa comunicou que irá ingressar com uma ação de cobrança na Justiça.

Já o Vasco calculou que os valores devidos não chegam nem à metade do divulgado pela empresa. Por mês, o custo da operação seria de cerca de R$ 150 mil. Ao fim do que o clube chama de trimestre de experiência, a ser concluído em meados de junho, o montante alcançaria, portanto, R$ 450 mil.

Fonte: Extra