20 anos da Libertadores: Vasco relembra importância de Donizete e Luizão
O segundo dia da série especial sobre os 20 anos do título da Libertadores (que vai até o dia 26/8) vai relembrar o ataque daquela conquista. Donizete e Luizão foram responsáveis por 70% dos gols marcados pelo Vasco na competição (12 dos 17). Mas o início dessa trajetória, que terminou vitoriosa, não foi nada fácil.
Um ano antes do centenário, o Vasco levou o tri Brasileiro com show de Edmundo, que fez dupla com Evair. No fim de 97, Edmundo foi vendido para a Fiorentina (ITA) e Evair, que era dono do próprio passe, foi para a Portuguesa. A diretoria agiu rápido e buscou Luizão, que defendia o La Coruña (ESP) e com 22 anos, queria voltar ao Brasil. Ainda sem o outro atacante, o então Vice-Presidente de futebol Eurico Miranda foi até a casa de Donizete, que foi encorajado pelo futuro companheiro a assinar o contrato.
- Eu estava muito perto do Botafogo, quase fechado e também tinha proposta do Flamengo. Já era tarde, um carro parou na minha porta, fazendo barulho. Era o doutor Eurico. Tinha um documento na mão e falou que eu ia ser do Vasco. Acordei meu empresário e ficamos de definir depois. Encontrei o Luizão numa pelada com o Edmundo, e ele já estava treinando me falou pra fechar. Acabei dizendo sim, e deu tudo certo - conta o Pantera, que foi eternizado no painel de ídolos de São Januário.
Artilheiro do Vasco naquela competição, Luizão lembra da pressão de substituir Edmundo e da relação com Donizete e com o técnico Antônio Lopes.
- A torcida me cobrava muito. O Edmundo tinha feito chover em 97. O Lopes também. Eu nunca tomei tanto cartão na minha vida. Na época não tinha suspensão, era só pagar uns dólares. Eu dava carrinho todo jogo. Voltava pra marcar o tempo inteiro. Com o Donizete o entedimento era na base do olhar. O entrosamento foi rápido - diz Luizão, que marcou sete gols naquela Libertadores e brinca com o fato do gol mais lembrado ser o de Juninho contra o River Plate:
- Eu sempre brinco com o Juninho. Falo que fiz sete gols e só lembram do único que ele fez (risos).