Vice-médico assegura controle de medicamentos dos atletas
Apesar de ser de conhecimento do departamento médico do Vasco que alguns jogadores usufruem da medicina ortomolecular fora do clube, o Cruz-maltino assegura que há total controle dos remédios que são tomados pelos atletas. Baseado nisto, o vice-presidente médico, Manoel Moutinho, destacou que todos os suplementos manipulados levados por Carlos Alberto, que faz tal tratamento há mais de um ano, não continham substâncias proibidas em suas composições (no rótulo que contém as informações químicas do produto).
- A medicação que o Carlos Alberto toma é de nosso controle, mas não somos nós que prescrevemos. Ele já faz esse tratamento há mais de um ano - informou ao LANCE!Net.
Deste modo, a principal suspeita é a de que o suplemento fabricado em 22 de fevereiro de 2013 e utilizado pelo apoiador possa ter sido \"contaminado\", ou seja, quando um remédio não possui substâncias proibidas em sua composição mas acaba sendo misturado a algumas em sua manipulação.
A outra possibilidade seria a dele ter ingerido as substâncias Hidroclorotiazida e Carboxi-Tamoxifeno, flagradas no exame, misturadas a outro produto que não os suplementos que vinha tomando sob recomendação da medicina ortomolecular. A hidroclorotiazida é um diurético e a carboxi-tamoxifeno é comumente encontrada em remédios que combatem o câncer de mama.
Manoel Moutinho, por sua vez, prefere não tomar partido.
- Eu,como médico, tenho que ser ético e pragmático. Ou seja, num exemplo mais simples: há um refrigerante. Ou o refrigerante estava nesse remédio ou o Carlos Alberto tomou o refrigerante. Não tem outra alternativa - declarou, fazendo uma metáfora.
O vice-presidente informou também que o suplemento que Carlos Alberto vinha tomando já está sob posse do departamento médico para ficar a disposição de análises quimícas e do próprio julgamento do atleta.
Carlos Alberto foi flagrado no exame antidoping após a semifinal da Taça Guanabara, contra o Fluminense, em 2 de março de 2013. O Vasco e o jogador foram informados do resultado na última terça-feira. A contraprova será realizada nesta quinta-feira, às 7h, em um laboratório na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Caso seja confirmado o doping, o atleta será suspenso preventivamente por 30 dias para apresentar sua defesa. A pena pode ser de até dois anos.
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