Vasco se espelha em outras SAFs para o plano de recuperação judicial
O Vasco prepara um pedido de recuperação judicial para pagamento de dívidas. O caminho foi adotado recentemente pelas SAFs do Botafogo e do Cruzeiro em modelos diferentes - a do Alvinegro em protocolo extrajudicial homologada posteriormente na Justiça, e a dos mineiros aprovada após requerimento na Justiça.
Desde 2021, o clube - ainda antes de virar SAF - aderiu ao plano de pagamento de dívidas via Regime Centralizado de Execuções, em ações trabalhistas e cíveis que somavam cerca de R$ 223 milhões, segundo último balanço da SAF. Neste modelo, 20% das receitas correntes são encaminhadas para pagamento.
Hoje, a tendência é do Vasco seguir o modelo do Botafogo com a recuperação extrajudicial. A diferença para a recuperação judicial é de que no outro modelo a Justiça defere ou indefere o plano apresentado pelo clube - a do Cruzeiro foi aprovada após dois dias do protocolo na Justiça mineira.
No caso do Botafogo, que fez o pedido em dezembro do ano passado, a SAF teve prazo de 90 dias para buscar acesso de pelo menos 50% dos credores e conseguiu a homologação do plano na Justiça com 60% de adesão. Da dívida de mais de R$ 430 milhões, o clube anunciou em maio ter quitado R$ 130 milhões - isto porque, neste tipo de plano, há deságio sobre multas e juros de débitos antigos.
O Vasco ainda não comenta o processo de recuperação judicial. Nos últimos balanços, porém, o pagamento de dívidas era um dos pontos de preocupação em relatórios dos conselhos fiscais vascaínos, que consideravam insuficiente o plano de pagamento de dívidas da SAF - mais de uma vez, houve manifestações dizendo que se "enxugava gelo" com pagamento de juros sobre os débitos.
Pela recuperação judicial ou extrajudicial, é nomeador um administrador judicial, papel que cabe normalmente a algum escritório de advocacia especializado.
Fonte: ge