Vasco quer fazer valer bom retrospecto em São Januário
RIO Para alguns, há um ano ou mais. Para outros, pelo menos cinco meses. Não importa. Todos os jogadores do Vasco treinam praticamente diariamente em São Januário, conhecem cada centímetro do novo gramado. E seus desníveis, referências e possíveis buracos... Parece pouca vantagem para enfrentar o Corinthians nesta quarta-feira às 21h50m. Mas com todo o equilíbrio apregoado ao clássico, cujo favoritismo é jogado para um lado e negado do outro, qualquer benefício é válido. Ainda que mínimo.
Com essa postura de dono do campo, o Vasco pretende construir a vantagem no confronto. Ainda que mínima. O retrospecto recente comprova quem manda em São Januário. Nesta temporada, o time perdeu apenas uma partida no seu estádio em 11 jogos a estreia na Libertadores contra o Nacional por 2 a 1.
Com esses números em mãos, o time mostra ao Corinthians que a invencibilidade dos paulistas na competição está longe de estar garantida.
Gol em todos os jogos
Assim como o fato de ter marcado gols em todos os jogos do ano rebate o sistema defensivo corintiano que só levou dois na Libertadores.
Os times entram em equilíbrio pelo tipo de disputa. É um jogo fora e em casa. Por causa disso qualquer vantagem obtida é significativa. A não ser que alguém esteja inspirado e faça a diferença. Não tem como surpreender porque um vê o outro o ano inteiro, os times tiveram poucas modificações, 80% dos jogadores estiveram em campo ano passado analisou o técnico Cristóvão Borges.
O bom resultado na partida terá função dupla ao Vasco. Manterá a torcida, que comprou os mais de 16 mil ingressos destinados ao mandante, ao lado dos jogadores e do técnico. E as vaias da última partida em casa não terão lugar desta vez.
Ao mesmo tempo, jogará toda a pressão para o Corinthians e o técnico Tite no Pacaembu na próxima quarta-feira. Antes de conquistar o Brasileiro de 2011, o treinador teve momentos parecidos com o de Cristóvão recentemente, sendo contestado pela torcida. Um tropeço que ameace a conquista da inédita Libertadores pode agravar a situação.
Experiência
Cristóvão viveu esse ambiente nos anos 80, quando jogou no time paulista, e reconhece que é bem maior do que nos outros clubes.
O Corinthians é especial porque joga sob pressão o tempo inteiro, é diferente. Os jogadores sofrem muita pressão. Por isso conquistam muita coisa e também perdem. No jogo lá podemos trabalhar isso disse.
No entanto, quem entrará no campo prefere tirar o peso dos agentes externos à partida. Em São Januário ou no Pacaembu. O jogo será decidido na bola, segundo Alecsandro.
Pressão não ganha jogo. Ajuda, atrapalha, incendeia... Se ganhasse jogo, o Boca não teria perdido para o Fluminense na Bombonera. Importante que a torcida faça a festa, o papel dela. A empolgação do nosso torcedor passa para nós, faz diferença sim. Acabamos tirando uma força dali. Mas só isso não ganha jogo afirmou o atacante.
Campo, estádio cheio, torcida em sintonia com o time, números favoráveis. Qualquer vantagem será válida. Mas todos em São Januário estão conscientes de que hoje é só o começo. A vaga terá de ser trazida de São Paulo.
Esse jogo aqui não vai decidir nada, vai ser nos minutos finais acredita o atacante.
Vasco x Corinthians
Local: São Januário
Horário: 22h
Vasco: Fernando Prass, Fágner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri; Rômulo, Felipe, Juninho (Nílton) e Diego Souza; Éder Luís e Alecsandro
Corinthians: Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Cástan e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex; Jorge Henrique e Emerson
Juiz: Sandro Meira Ricci (Brasil) Fonte: Globo Online