Vasco poderá perder São Januário por interdição após confusão no clássico
Promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro, Rodrigo Terra afirmou ao ESPN.com.br que vai pedir interdição do estádio do Vasco, São Januário, por causa da briga generalizada no clássico contra o Flamengo, no último sábado, pelo Brasileirão.
O oficial, porém, quer que outros também assumam sua responsabilidade pela confusão, que terminou com detidos, feridos e uma morte. Leia-se Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).
"Vou solicitar que São Januário seja interditado, assim como qualquer outro estádio que não esteja em condições de realizar estes eventos", começou o promotor.
"Vou oficiar a CBF e a federação para que elas sejam responsabilizadas. Estas instituições lucram e recebem os bônus destes eventos, também têm de pagar o ônus. Não podem simplesmente lavar as mãos. Eurico Miranda não pode simplesmente lavar as mãos", acusou.
"Ninguém cumpre nenhuma exigência. O Ministério Público está fazendo o papel dele, mas ninguém mais faz. O Poder Judiciário permitiu que se lavasse as mãos", continuou.
A confusão aconteceu já no final do clássico, que teve vitória rubro-negra por 1 a 0. Torcedores vascaínos atiraram diversos objetos no gramado, enquanto os jogadores do Fla não conseguiam descer para os vestiários - a entrevista coletiva do técnico Zé Ricardo, inclusive, foi cancelada.
As brigas continuaram do lado de fora, e a torcida visitante demorou a deixar o estádio.
Sobre torcida única em clássicos - como o próprio MP já havia entrado com ação -, Rodrigo Terra apontou que o caminho, na sua visão, continua sendo esse.
Ao ser alertado para o fato de que neste episódio a confusão se deu dentro da própria torcida, o promotor respondeu: "Se é que foi isso mesmo, os envolvidos têm certeza da impunidade e por isso continuam a fazer o que fazem. Eles não estão sujeitos a nenhuma penalidade e por isso esvaziam os riscos".