Vasco perdeu na última vez que jogou com o Bahia em Salvador

RIO - Dois anos depois, Vasco e Bahia voltam a se enfrentar neste domingo, às 16h, no Estádio de Pituaçu, em Salvador, em situações bem semelhantes às que viviam na última vez: o time carioca lutando pelo título nacional e a equipe baiana fazendo campanha mediana, sempre rondando a zona de rebaixamento. A única diferença é a divisão. Com o espaço de um ano, agora ambos deixaram a Segundona e estão na Série A.

Naquele julho de 2009, pela 13ª rodada da Série B, o Vasco aprendeu o quanto é difícil jogar contra os baianos na casa deles. A derrota por 2 a 1 não atrapalhou os planos vascaínos de voltar à Primeira Divisão e vencer o campeonato. Contra os baianos, no Maracanã, no jogo de volta, o time praticamente garantiu o retorno à Série A ao devolver o placar com gols de Fágner e Élton e ouviu a torcida em coro cantar \"o Vascão voltou\".

À espera da escolha de Joel

Mas serviu de exemplo do confronto equilibrado entre eles ao longo da história: 21 vitórias do Vasco contra 20 do adversário. A 22 vitória pode valer ao time de São Januário a liderança, caso o Corinthians tropece diante do Internacional, no Beira-Rio.

No time, há quatro remanescentes que conhecem bem a casa baiana. Fernando Prass, Fágner e Élton, confirmados na equipe, e Nílton, que ainda não está garantido entre os titulares, trilharam o caminho do retorno à elite e agora brigam pelo segundo título brasileiro, desta vez da Primeira. Eles pediram cuidado com a equipe do técnico Joel Santana ao longo da semana.

O técnico Cristóvão Borges, que, como bom baiano criado na base do adversário deste domingo, sabe das dificuldades de jogar na Bahia. Ele também ouviu os conselhos de seus comandados. Tanto que preferiu não escalar o time antes que o técnico Joel Santana mostrasse o seu. Mas o treinador do rival tem feito segredo.

Durante os treinamentos, Cristõvão testou duas formações e algumas mudanças táticas. A principal delas é a volta de Felipe à lateral esquerda, assim como aconteceu contra o Atlético-PR. Mas, na defesa e no meio, mostrou que tem algumas dúvidas. Douglas e Nílton disputam a vaga de Renato Silva. No meio-campo, como tanto Eduardo Costa quanto Rômulo voltam de lesão, apenas um será a opção.

-

Treinei algumas formações possíveis de acordo com o que o Bahia apresentar. Vai ser duríssimo, a equipe deles é boa e forte. Os times do Joel são sempre muito bem organizadas, e em casa tem o apoio da torcida. É necessário ter sentido de organização e força na marcação - explicou o técnico Cristóvão Borges, em relação ao meio com Jumar, Eduardo Costa ou Rômulo, Allan e Diego Souza.

Allan, que jogará pela segunda vez seguida como terceiro homem, garante que esta formação não significa ser defensivo.

- Não tem só marcador, tanto eu quanto Jumar sabemos sair com a bola - garantiu o meia.