Clube

Vasco obtém empréstimo, mas rumo de verba para salários muda na reta final

Em solução emergencial para evitar eventuais rescisões unilaterais de contrato e até para pagar despesas básicas do clube, o Vasco decidiu redirecionar o empréstimo de R$ 9 milhões que conseguiu com o banco BMG e com adiantamento de receitas para pagar salários atrasados. O clube deposita nesta terça-feira os vencimentos de agosto e de setembro para a reta final da Série B. A solução encontrada, porém, deixa uma incerteza para o pagamento de milhões em impostos atrasados, a retirada das certidões e a consequente renovação de contrato com a Caixa Econômica Federal.

Com o novo prazo para renovação do contrato da Caixa Econômica Federal até o fim desse mês, a direção do clube, que vive seus últimos dias de comando antes das eleições do próximo dia 11, decidiu alterar a rota do empréstimo. A utilização da verba para pagar impostos atrasados estava aprovada em ata pelos quatro poderes do clube - o presidente Roberto Dinamite, Eurico Miranda, Helio Donin e Abílio Borges. Com a mudança, a direção precisa de uma nova engenharia financeira para pagar os impostos atrasados, que devem passar dos R$ 9 milhões calculados anteriormente. O Vasco ainda tem a receber R$ 4 milhões do patrocínio total de R$ 15 milhões do banco estatal.

A outra possibilidade é esperar a votação da lei de responsabilidade fiscal, que está no Congresso Nacional. O benefício fiscal deixaria outras dívidas tributárias de clubes brasileiros no novo pacote do governo federal. Em reunião na semana passada com a Caixa, o clube calculou que só conseguiria receber verbas de uma renovação de contrato em dezembro, o que inviabilizaria o pagamento imediato de salários atrasados no clube. Hoje, depois de pagar os meses de agosto e setembro, o Vasco vai passar a dever outubro.

- Foi uma decisão equilibrada e racional da direção do clube. Agora, temos os próximos 30 ou 60 dias para buscar alternativas financeiras para pagar esses impostos e, ao mesmo tempo, aguardar um benefício fiscal com a lei de responsabilidade em Brasília - disse o diretor geral do Vasco, Cristiano Koehler.

O assunto foi tratado em duas reuniões em São Januário. A primeira foi nessa segunda, com a presença dos quatro poderes do clube, mais o diretor geral Cristiano Koehler, o diretor financeiro Jorge Almeida e o vice-presidente de finanças Jayme Lisboa Alves. Segundo Eurico, presidente do Conselho de Beneméritos, uma lista de pendências emergenciais que vão desde o pagamento de caminhão-pipa até utensílios de limpeza e de banheiro, eram alguns dos itens básicos em falta no clube.

 

Fonte: ge