Futebol

Vasco não presta assistência a baleado em São Januário

O comerciante Anderson Clayton Lima Brandão, de 22 anos, que foi baleado na porta de São Januário no último domingo, permanece internado no Hospital do Andaraí. Atingido no abdome, Anderson não corre risco de morrer e pode receber alta nesta terça-feira. Em entrevista exclusiva à Rádio LANCE!, Anderson contou como foi o incidente.

- Eu sou de uma torcida do Bahia que apóia duas facções do Vasco. Fomos em São Januário buscar ingressos mais baratos. Como não tinha, começamos o protesto. Os seguranças foram muito agressivos. Começamos pacificamente, mas quando vimos que não íamos ao jogo, começamos a soltar morteiros. Mas não foram na direção do clube - garantiu o torcedor, que recebeu a reportagem na enfermaria do hospital.

Apesar de haver muita gente na briga, Anderson garantiu que o tiro que o atingiu partiu da arma de um segurança do Vasco.

- Tenho certeza que foi o segurança que atirou. Eles desceram para nos pegar e todos começaram a gritar que estavam armados. Os seguranças atiraram para cima da gente. Eu estava a uns 200 metros da confusão. De repente, me deparei com um segurança apontado a arma para as pessoas. Provavelmente, foi este que me acertou. Neste momento, eu caí e fui socorrido - relembra.

O pai de Anderson, Anacleto, ainda está indeciso se vai processar o clube. A maior revolta dele é pela falta de assistência do clube após o episódio.

- A prioridade é vê-lo bem. Mas posso tomar medidas judiciais contra o Vasco. O clube não nos procurou, isso é revoltante. Ele não tem plano de saúde. Felizmente, foi muito bem atendido no hospital - disse o pai do torcedor.

Fonte: Lance