Vasco encara o clássico contra o Flamengo de olho na arbitragem
No primeiro turno, em São Januário, o Clássico dos Milhões foi marcado por duras críticas a atuação do árbitro de vídeo. Na ocasião, o então presidente do clube Alexandre Campello reclamou exaustivamente do critério utilizado em três lances duvidosos e cobrou explicações após a derrota por 2 a 1. As críticas foram embasadas na distribuição de cartões amarelos, a não expulsão de um jogador adversário e do gol anulado de Germán Cano.
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“É um absurdo o que aconteceu neste jogo. Mais uma vez o Vasco sendo prejudicado pela arbitragem nos jogos com o Flamengo. Aos 5 minutos, o árbitro dá amarelo desnecessário no (Cayo) Tenório, que é um menino. Não é usado o mesmo peso e a mesma medida com Filipe Luís e Diego… O Diego fez uma jogada que seria para o segundo cartão amarelo, e ele não deu, porque é um jogador experiente, o árbitro pensa duas vezes. Ele para a jogada que o Vasco tinha vantagem e não dá cartão, viu que era o Diego, que tinha cartão”, disse Campello após a partida à Rádio Tupi.
“Por último um impedimento pelo VAR. Claramente na mesma linha. Obviamente traçam aquelas linhas vermelha e azul que ninguém sabe quem é que traça, de que maneira traça, quando é que traça. Quando é a favor do Vasco não acontecem. Se analisar a quantidade de vezes que o VAR foi desfavorável ao Vasco, em comparação a que foi favorável, a diferença é enorme. O que a gente não vê em clubes como Flamengo e Corinthians. Um absurdo, a CBF deveria dar explicações a esses fatos. O Vasco está cansado de ser garfado. Quero ver auditoria nas decisões do VAR”.
Passado um turno, a indignação vascaína com o árbitro de vídeo – em seu segundo ano de utilização – não mudou. Sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, que assumiu a equipe em 4 de janeiro, já se contabilizam três jogos em que houve insatisfação com a arbitragem: Red Bull Bragantino, Atlético-MG, por último, o Bahia.
Na derrota em Bragança Paulista por 4 a 1, após coletiva de Luxa, o diretor executivo Alexandre Pássaro fez questão de pedir a palavra, sem abrir para perguntas, e repudiou os critérios usados pela arbitragem. Segundo o dirigente, Leandro Vuaden usou critérios diferentes na falta que originou o segundo gol do Bragantino, e no lance do terceiro gol, em que o Vasco reclamou de falta de em Andrey, na origem da jogada.
“Em nome da diretoria do Vasco, dos atletas, do professor Vanderlei Luxemburgo, repudiar a atuação da arbitragem do Vuaden. Não estamos justificando o performance, resultado, momento, posição na tabela. Estamos exigindo que a arbitragem, comandada pelo Gaciba, que há muito tempo não se vê, tenha o mesmo nível de cobrança e profissionalismo que nos é exigido. Isso não tem acontecido. No terceiro gol ele nem foi ver o VAR. Esses lances foram exemplos de interpretações diferentes. Não digo que há um complô contra o Vasco. Todos os clubes já foram prejudicados. Mas eu não posso me furtar de vir aqui e colocar nosso repúdio e indignação com o que aconteceu aqui”, questionou Pássaro.
No jogo seguinte, apesar da vitória sobre o Atlético-MG por 3 a 2 em São Januário, também não faltou motivo para reclamação. O árbitro de vídeo teve destaque em lances decisivos da partida. Primeiro no pênalti do primeiro tempo, quando o árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araújo somente apontou depois de ser chamado para rever na tela o lance em que Léo Matos usou o braço para cortar o cruzamento dentro da área. Já no segundo tempo, ele marcou sem hesitar um pênalti de Castan em cima de Jair, mas de novo reviu a jogada no vídeo e voltou atrás na sua decisão.
Por último, o empate sem gols com o Bahia. Luxemburgo concordou com a expulsão de Leandro Castan, que acertou um chute no rosto do goleiro Douglas. Contudo, reclamou de “dois pesos e duas medidas” do árbitro Wilton Pereira Sampaio em lance de Benítez com Gregore.
“Acho que o juiz acertou a expulsão do Castan. Foi uma imprudência. Não teve a intenção. Mas a imprudência se mostrou. Mas antes do lance do Castan, o árbitro fechou os olhos quando o Gregore deixa a bola seguir e acerta a perna do Benítez. Se o Castan merecia ser expulso por imprudência, o Gregore também deveria ser expulso. São dois pesos e duas medidas”.
Presidente eleito do Vasco, Jorge Salgado subiu o tom e orientou o clube a protocolar um protesto contra a arbitragem de Vasco x Bahia. Além disso, solicitou uma reunião com o presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, Leonardo Gaciba. Salgado avaliou que houve falta de critério do árbitro, que expulsou Castan, mas não fez o mesmo na jogada anterior, quando o Gregore, do Bahia, deu uma entrada com a sola na coxa direita de Martín Benítez – o VAR não foi consultado presencialmente.
É neste clima de desconforto e insatisfação com a arbitragem que o Vasco mais uma vez entrará em campo em sua briga pela permanência na Série A. E nada melhor do que um bom resultado em um clássico para motivar ainda mais os jogadores nesta missão.
Fonte: Jogada 10