Vasco diz que Sócio Geral não estava cancelado quando sócios se cadastraram
Uma nova polêmica surgiu em relação à lista dos sócios que integram a urna 7 da eleição do Vasco. Trata-se do fechamento do plano de sócio geral do clube. Em coletiva na quinta-feira, o vice-presidente de marketing, Marco Antonio Monteiro, afirmou que a associação em massa ocorrida entre novembro e dezembro de 2015 ocorreu porque havia a ciência de que esta categoria, a mais barata, seria extinta, para valorizar o programa de sócio-torcedor.
Entretanto, membros da oposição discordam desta versão. Otto Carvalho, presidente do Conselho Fiscal e ex-aliado de Eurico, afirmou que a decisão pelo fim do plano de sócio geral só ocorreu no dia 29 de dezembro, em reunião do Conselho Deliberativo.
- Não foi comunicado em momento algum, e sim na última semana de dezembro. (A ideia de encerrar o plano) foi colocada em votação em 29 de dezembro de 2015. Votaram porque ia concorrer com o sócio-torcedor. Depois disso, para o cara se associar, a partir de 2016, tinha que pagar R$ 1,5 mil para ser sócio proprietário – disse Otto.
Na ocasião, um ofício datado de 18 de dezembro foi publicado pelo site oficial do Vasco no dia 21, convocando a reunião do Conselho Deliberativo para o dia 29.
Procurado pelo GloboEsporte.com, Marco Antonio explicou que era conhecimento do clube que o plano de sócio geral se encerraria. Mas reconheceu que não se lembra se houve um comunicado formal ao público.
- Ali foi votado, mas a decisão já tinha antes, e as pessoas sabiam disso no clube. Já tinha passado no Conselho de Beneméritos, o Conselho Fiscal sabia. Fechamos três categorias, que eram mais baratas e achávamos que iam bater com o sócio-torcedor que lançaríamos em 2016. O clube inteiro sabia que a gente ia fechar no fim do ano. Mas não lembro se houve um comunicado formal.
A "urna da discórdia"
As suspeitas sobre os 691 sócios recaíram justamente pelo grande movimento de adesão em novembro e dezembro de 2015. Eles aderiram neste período, a maioria na categoria de sócio geral, a mais barata. O movimento foi muito maior do que nos meses anteriores, que tiveram média de 20 adesões.
No início de novembro de 2015, o Vasco bloqueou a adesão de sócios pela internet, alegando que era uma tentativa de evitar problemas técnicos na transição dos cadastros da empresa Microtag, que administrava o banco de dados de sócios, e o clube. A relação se encerrou naquela época, quando a diretoria assumiu o controle das informações.
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